Quase todos os elementos da lista que Partido Socialista apresenta na Guarda às próximas legislativas estiveram presentes no Tribunal local na passada segunda-feira, último dia de entrega das listas de candidatos às eleições de 20 de Fevereiro. A excepção foi André Figueiredo, presidente da concelhia do PS de Seia. O quinto da lista não pôde comparecer por motivos profissionais, mas por lá estiveram Pina Moura e Fernando Cabral, actuais deputados, Rita Miguel, deputada municipal na Guarda, Claúdio Rebelo, líder da distrital da JS, Maria Manuela Veiga, presidente da Junta de Freixo (Almeida), Nuno Quiaios (JS) e Armando Reis, dirigente da Federação.
Ficou-se também a saber que Maria do Carmo Borges vai ser a mandataria, enquanto José Pires Veiga será director de campanha. Ambos repetem funções desempenhadas em 2002. A autarca da Guarda disse acreditar numa lista «com pessoas da Guarda», que acusou o PSD de «repetir a mesma receita» com candidatos que nada têm a ver com o distrito. Por sua vez, Joaquim Pina Moura destacou a «elevada» percentagem de jovens, numa «combinação feliz» entre a renovação de candidatos e a experiência dos restantes, antes de atacar o actual Governo. O antigo ministro da Economia e das Finanças dos Governos de António Guterres, actual presidente da Iberdrola em Portugal, considera que o distrito da Guarda foi «absolutamente esquecido» pela maioria PSD/PP. Defende por isso que as políticas governamentais devem apoiar esta região, «permanentemente fustigada por dificuldades sociais», tanto da população idosa, como dos desempregados, refere o cabeça-de-lista e também membro não executivo do Conselho de Administração da Galpenergia. Contudo, a grande bandeira da campanha socialista vai passar pelo futuro do novo hospital. Pina Moura garante que Ana Manso está «desacreditada nesta matéria, após três anos de ilusão», porque «nem o hospital que existe foi modernizado, nem a fantasia do novo edifício se transformou em realidade». E vai mais longe, acusando a cabeça de lista do PSD de querer «continuar a enganar o eleitorado da Guarda». Em contrapartida, o socialista assegura que «connosco, o que é prometido faz-se».