Alguns comerciantes do mercado municipal da Guarda montaram as bancas na rua este sábado para «minimizar os prejuízos», disse um dos comerciantes a O INTERIOR.
Cerca de uma dezena de vendedores de fruta, legumes, pão, queijos e ovos espalharam-se pelo parque de estacionamento do espaço e fizeram algum negócio, numa manhã em que o sol e a temperatura amena também ajudaram. «É um mercado à antiga», disse outro comerciante, que pediu para não ser identificado, e adiantou que a solução foi autorizada pela Câmara da Guarda.
«Nem podia ser de outra forma porque os prejuízos já são muitos», acrescentou. No local, O INTERIOR não ouviu queixas contra o município, «que tem estado sempre em diálogo connosco para resolver o problema», apenas o lamento de que demore «tanto tempo» a ser resolvido.
«Pior estão os talhos e as peixarias, que não podem estar aqui por não haver condições logísticas para isso. Se não tiverem comércio próprio noutro ponto da cidade, eles é que vão ter prejuízos muito grandes», refere um dos comerciantes ouvidos por O INTERIOR. Recorde-se que o município anunciou que o mercado municipal, encerrado desde 29 de novembro devido a um incêndio, vai reabrir na próxima quarta-feira.
Pedro Tavares, presidente da Associação Empresarial da Região da Guarda – NERGA, esteve no local e considerou a situação de «vergonhosa»: «Onde estão agora as tendas da Feira Farta?», disse a O INTERIOR.
Já Cristina Correia, vereadora do PS na Câmara da Guarda, afirmou ser «um escândalo» ver os comerciantes «na rua, sem estruturas de apoio e com os seus produtos no chão ou nas malas dos carros».