O presidente da Câmara da Covilhã desafia o Governo a criar um segundo programa Polis para garantir a concretização de projectos que, caso contrário, ficarão parados por falta de financiamento. Segundo Carlos Pinto, um segundo programa de reabilitação urbana seria uma forma das autarquias concretizarem projectos que vão ficar na gaveta devido ao sub-finaciamento do actual programa. O desafio foi lançado na passada sexta-feira após anunciar o dia 15 de Janeiro como data de inauguração do Jardim do Lago, uma das obras do PolisCovilhã. O autarca disse esperar que o Governo «seja capaz de compreender que o Polis é uma excelente ideia como iniciativa de qualificação ambiental e que merece um Polis 2», seja através de «verbas do Orçamento de Estado ou de cativação de recursos do próximo Quadro Comunitário de Apoio, a partir de 2007». Segundo Carlos Pinto, se tal viesse a acontecer, a Câmara da Covilhã apresentaria «um projecto de 50 milhões de euros». Recorde-se que o ministro das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional, José Luís Arnaut, garantiu recentemente que não vai assinar «mais nenhum contrato» no âmbito deste programa de requalificação urbana e valorização ambiental. «O Polis é o efeito de pura publicidade política, que eu censuro», disse o governante, anunciando que os programas estão a ser revistos e que o Governo está a «envidar esforços para que haja uma reprogramação das reservas de eficiência e reafectação de 53 milhões de euros» para cobrir as necessidades.