A Câmara de Celorico da Beira protagonizou no segundo trimestre deste ano a maior descida do prazo médio de pagamento (PMP) entre os municípios que mais demoram a pagar aos fornecedores, passando de 381 dias no trimestre anterior para 212 dias.
Em 2015 a autarquia, atualmente presidida pelo social-democrata Carlos Ascensão, chegou a registar um atraso de 1.225 dias no pagamento. Para o município, estes resultados são «a consequência direta de uma estratégia de rigor, de controlo das despesas, de correção dos desvios do passado, que tem vindo a ser trabalhada há 22 meses pelo executivo». Em nota publicada na página de Facebook da edilidade, a Câmara de Celorico da Beira considera que é «com notícias desta natureza que o município recupera a credibilidade externa porque estamos a fazer avanços significativos na gestão das dívidas e esse esforço deve ser partilhado com os munícipes». Na mesma publicação é referido que em finais de agosto o prazo médio de pagamento «já é, inclusivamente, melhor, como irá mostrar o próximo relatório da IGF».
A lista das 54 Câmaras com PMP superior a 60 dias foi divulgada pela Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) na semana passada. Em primeiro lugar está o município de Vila Real de Santo António, que piorou neste indicador passando de 447 dias no primeiro trimestre do ano para 502 dias no segundo. Da região, além de Celorico da Beira, figura na lista o município de Belmonte, que também aumentou o PMP de 70 para 92 dias no segundo trimestre. Já Figueira de Castelo Rodrigo melhorou dois dias, passando de 76 para 74 em igual período. A DGAL assinala que há um ano a lista dos municípios que demoravam mais de 60 dias a pagar contava 74 autarquias contra os 54 registados no final de junho de 2019.