Região

Piscina natural é atração na barragem do Caldeirão

Escrito por Sofia Craveiro

Câmara da Guarda quer construir centro náutico e desenvolver projeto turístico nos antigos estaleiros da EDP

Há um novo espaço balnear aberto ao público no concelho da Guarda. A piscina natural do Caldeirão, localizada em Maçaínhas, foi inaugurada na segunda-feira, mas já estava a ser utilizada há várias semanas pelos banhistas. A nova zona de lazer possui balneários, bar de apoio e uma área de relvado, além de usufruir da vigilância de nadador-salvador.
O espaço foi concessionado por três meses à associação Raiz de Trinta – que irá pagar uma renda mensal de 825 euros mais IVA – num contrato que foi oficializado publicamente durante a cerimónia de inauguração e que poderá ser renovado. Apesar desta não ser a primeira praia fluvial do município, é agora a que se encontra mais próxima da cidade, dando assim resposta à procura pelas atividades de lazer associadas a um plano de água, que se acentua nesta época do ano. O empreendimento teve um custo total de cerca de 290 mil euros, dos quais 43 mil euros suportados pela autarquia e o restante proveniente de fundos comunitários, de acordo com o presidente da Câmara da Guarda.
Na inauguração, Carlos Chaves Monteiro declarou que a concretização da obra «é um ponto de partida, e não um ponto de chegada», adiantando que, após esta fase, «queremos realizar um centro náutico» na Barragem do Caldeirão. O projeto, que já tem «uma candidatura em curso», segundo o autarca, permitirá «potenciar mais» as estruturas já existentes no local. No entanto, o edil guardense explicou que a área do edifício terá de ser «repensada» devido às «limitações legislativas» que se impõem ao centro náutico: «A lei dos incêndios não permite a construção na proximidade de zonas de risco, como é o caso da área que está a montante da estrada municipal», disse Carlos Chaves Monteiro, que assegurou que, apesar disso, o espaço será trabalhado e adaptado para a continuidade da segunda fase deste projeto.
O município pretende ainda aproveitar os antigos estaleiros da EDP, desativados após a construção da barragem, para «dinamizar um projeto de natureza turística» na margem do espelho de água, mas o processo ainda está numa fase de conversações com a elétrica nacional, disse o presidente da Câmara. A piscina natural do Caldeirão, incluída no espaço da barragem com o mesmo nome, foi comparticipada em 90 por cento pelo Turismo de Portugal, no âmbito do programa “Valorizar” (Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior) e é já uma atração dos banhistas da região.

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Sofia Craveiro

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