Arquivo

Dever bem cumprido

Pinhelenses regressaram aos triunfos frente a um Sabugal irreconhecível neste início de época

A União Desportiva “Os Pinhelenses” cumpriu a obrigação ao receber e vencer um Sporting Clube do Sabugal sem “garra” e que viu a sua estratégia de contra-ataque cair por terra aos 55’, quando Ginha converteu de forma irrepreensível um livre directo. Diga-se, em abono da verdade, que repôs (ou pôs) justiça no resultado. Mas vamos por partes…

Na primeira, os comandados de José Vaz podiam – e se calhar deviam – ter arrumado a questão, só que tanto a pontaria como Fredy não permitiram aos muitos adeptos e simpatizantes festejar o golo. Houve, sem exagero, mais de dez oportunidades de golo criadas, contudo o 0-0 subsistia ao intervalo. Manata foi uma seta dirigida à baliza de Boneco durante todo o primeiro tempo, quase sempre sem sucesso, uma vez que não havia lá mais ninguém para o ajudar. No regresso das cabinas, o jogo animou ainda mais com as alterações tácticas introduzidas pelo técnico do Sabugal, que deram mais consistência à equipa visitante. Tanto assim que Boneco foi chamado a intervir logo nos minutos iniciais da segunda parte, conferindo, com a sua experiência e saber, consistência defensiva ao Pinhel que aproveitou a situação para inaugurar o marcador. Estavam decorridos 55’ quando Ginha fez vibrar a massa associativa ao converter de forma sublime um livre directo que Fredy não conseguiu suster.

O Sabugal reagiu, mas foi o Pinhel que aproveitou ao apanhar os visitantes desprevenidos num contra-ataque fulgurante. Aos 69’, Bruno Coutinho desfeiteou pela segunda vez Fredy, concluindo uma jogada com “cabeça, tronco e membros” de puro contra-ataque com um remate potente e colocado. Sentenciado o jogo, coube ao Pinhel gerir a vantagem até ao final, criando ainda uma ou outra oportunidade, às quais foi respondendo o Sabugal, que, no entanto, não apresentou o futebol a que nos havia habituado em épocas anteriores. O trio de arbitragem teve uma actuação algo discreta, apesar dos pinhelenses terem reclamado penalti num lance mais polémico a meio da primeira parte. Mas José Geraldes tem o benefício da dúvida por se tratar de uma jogada difícil de ajuizar. Vitoria sem contestação de “Os Pinhelenses” e que peca por escassa.

Carlos Coelho

Sobre o autor

Leave a Reply