P – Venceu o concurso da Nike Air Max 720 Design Concept. Qual a motivação que a levou a participar?
R – Inicialmente eu não estava muito inclinada para participar no concurso, mas graças ao apoio dos meus familiares e amigos decidi avançar. Normalmente existe sempre receio de participar nestes concursos porque a ideia é derrotista à partida, mas acho que é importante pensar que é sempre uma experiência nova e é algo que, de certa forma, nos ajuda a crescer no percurso profissional. Em resumo, considero que a minha motivação principal foi a possibilidade de ter uma experiência nova e enriquecedora na minha área de estudos.
P – Qual o conceito que queria destacar com a sua criação “Marble”?
R – A ideia principal para a criação da instalação das sapatilhas “Marble” foi essencialmente a união de dois conceitos opostos, ou seja, a praticidade representada pelos ténis e a posição de luxo representada pelo padrão mármore e os fragmentos de quartzo aplicados. São assim realçados o luxo e o lado prático femininos traduzidos num objecto de conforto, como o que é oferecido pelos produtos da marca Nike.
P – Qual a importância deste tipo de concursos para os estudantes de Design Moda?
R – Tal como já referi anteriormente, estes concursos ajudam-nos a crescer de certa forma, a acumular experiências e com isso crescer enquanto designers. Penso ser importante para nós ter hipótese de evoluir e compreender o mundo da moda de forma diversificada. Estes concursos ajudam-nos bastante nesse processo.
P – O que significa para si ganhar este prémio? Qual a maior aprendizagem que retira?
R – Esta vitória ajuda-me a sentir muito realizada com o meu trabalho e esforço, além de me permitir compreender que, apesar de o mercado de trabalho na área da moda ser um meio complicado e competitivo, é possível seguir os nossos sonhos e concretizá-los.
P – Na sua opinião, quais são as maiores vantagens e/ou desvantagens de estudar numa universidade do interior do país?
R – Como vantagem vejo o facto de termos a possibilidade de levar connosco a riqueza das nossas origens. A maioria dos designers integra no seu trabalho conceitos vindos da sua vivência em grandes cidades e nós, como alunos do interior, temos a possibilidade de aplicar os ensinamentos das nossas origens tradicionais aos designs que criamos. Acho que é esse o factor que nos distingue. Na minha opinião, acrescento ainda que estudar numa universidade do interior do país não tem qualquer desvantagem.
P – Sendo aluna da UBI, quais os elementos incluídos na sua formação que considera serem de maior importância para ingressar no mercado de trabalho da sua área?
R – Tendo tido a oportunidade de frequentar o curso de Design de Moda na Universidade da Beira Interior, penso que esta é uma opção de formação que está organizada da melhor forma, com vários recursos práticos disponíveis para os estudantes e que possibilita formar muito bons profissionais nesta área.
P – Quais os projetos que tem em vista para o futuro após concluir a licenciatura?
R – Ainda não defini com exatidão o que irei fazer após a licenciatura, mas uma das opções mais relevantes passará pela realização do mestrado de forma a poder enriquecer e desenvolver os meus conhecimentos e melhorar o meu desempenho para depois integrar o mercado de trabalho na área da moda.
Perfil de Ana Rita Oliveira:
Naturalidade: Póvoa Velha (Seia)
Idade: 19 anos
Profissão: Finalista do curso de Design Moda na UBI
Currículo: Trabalhou numa loja de artesanato e num cabeleireiro. O interesse que sempre teve na área da moda levou-a a ingressar na licenciatura de Design de Moda na UBI
Livro preferido: “Diário de Anne Frank”
Filme preferido: “O Diário da Nossa Paixão”
Hobbies: Natação e cinema