Sociedade

Fábrica de confeções de Famalicão da Serra manda 70 trabalhadores para casa por falta de dinheiro

Escrito por Luís Martins

A empresa de confeções de Famalicão da Serra (Guarda) fechou portas e os seus cerca de 70 trabalhadores suspenderam os contratos esta segunda-feira. A Confama entregou a respetiva declaração onde assume que não tem meios para pagar os vencimentos, devendo atualmente parte do mês de janeiro e fevereiro.

Esta tarde as funcionárias, maioritariamente daquela freguesia, mas também de aldeias vizinhas e dos concelhos de Belmonte e Covilhã, dirigiram-se aos serviços do IEFP para oficializar a sua situação. O fecho da fábrica foi comunicado na sexta-feira com o argumento da falta de encomendas e de dinheiro para pagar às operárias. «A administração entendeu que o caminho, para já, era os trabalhadores irem para a suspensão, para não continuarem sem receber», disse Carlos João, dirigente do Sindicato Têxtil da Beira Alta (STBB), que esteve nas instalações da empresa esta segunda-feira.

Para o sindicalista, a Confama sempre trabalhou «a feitio», ou seja, a para outras empresas e já não conseguiu produzir uma encomenda de vestidos. «A situação é preocupante para estas pessoas porque não há grandes alternativas de trabalho», acrescentou. Uma preocupação partilhada por Honorato Esteves, presidente da Junta de Freguesia: «Naturalmente que, numa freguesia com cerca de 500 eleitores, isto vai ter um impacto profundo. Adivinham-se tempos bastante difíceis para Famalicão», afirmou.

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Luís Martins

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