As fortes chuvadas que, ocasionalmente, se fizeram sentir nos últimos dias provocaram grandes transtornos às populações do distrito da Guarda e alguns prejuízos. Gonçalo, única vila do concelho da Guarda, foi a localidade mais afectada pela intensa pluviosidade registada na tarde da passada sexta-feira, um dia também marcado por vários focos de incêndio devido à trovoada nas Penhas Douradas (Manteigas), Lagoa Comprida (Seia), Loriga (Seia), Sabugal, Gonçalo e Famalicão (Guarda). Mas estas situações foram rapidamente resolvidas.
Já em Gonçalo viveram-se alguns momentos de aflição por causa da força e violência das águas. Em pouco menos de meia hora registaram-se inundações de casas e estabelecimentos comerciais, aluimentos de caminhos, arrastamento de pedras e terras para as ruas da freguesia, enquanto um automóvel ficou totalmente danificado e a parede de uma casa cedeu sem causar feridos, mas deixando duas mulheres idosas desalojadas, que foram posteriormente transportadas para a residência de familiares por medida de precaução. A Junta de Freguesia tem estado a proceder ao levantamento dos prejuízos, uma tarefa que esperava ter concluído durante a semana em curso. «Elaborámos um relatório preliminar com os estragos mais evidentes em termos de bens particulares e públicos, nomeadamente no sistema de esgotos e águas, que, naturalmente, não comportaram toda a situação», disse Pedro Pires, presidente da Junta de Freguesia, revelando que o documento vai ser enviado aos serviços de Protecção Civil municipal e distrital, mas também ao Governo Civil da Guarda «para juntarmos esforços e fazer com as pessoas possam ser ressarcidas dos seus prejuízos». Na segunda-feira, uma nova chuvada arrastou pedras e detritos para a Avenida Salamanca, na Póvoa do Mileu, bairro da Guarda, tendo motivado a interrupção do trânsito durante perto de uma hora, entre as rotundas da C+S de São Miguel e da Fonte Luminosa, para os serviços da Protecção Civil municipal procederem à limpeza da via
