Desporto

Queda tirou Mário Patrão do Rali Dakar

Escrito por Jornal O Interior

Acidente aconteceu no domingo, na sexta etapa, quando o piloto de Seia (KTM) era o melhor português na classificação das motos, no 21º lugar da geral

Uma apendicite impediu-o de alinhar no Rali Dakar no ano passado e desta vez foi uma queda na sexta etapa, no domingo, que furou os planos de Mário Patrão na prova de todo-o-terreno mais exigente do mundo.
A quatro dias do final do rali, o piloto da KTM era o melhor português nas motos, ocupando o 21º lugar da geral, mas caiu na etapa entre Arequipa e San Juan de Marcona, no Peru, com 838 quilómetros, 317 deles cronometrados. Na tirada mais longa da 41ª edição do Dakar, o senense caiu pouco depois do primeiro controlo de passagem, numa zona de pedras, quando seguia no meio do pó de outros pilotos. Mário Patrão ainda tentou continuar, mas as dores nas costas e no pescoço forçaram à paragem. Depois de assistido pelos médicos da prova, o piloto foi transportado para o hospital central de Lima, para exames complementares e repouso, revelou a sua assessoria de imprensa.
Na sua página de Facebook, Mário Patrão descreveu como tudo aconteceu: «A dureza do “fesh fesh” e a pouca visibilidade “bateram-me à porta” e, infelizmente, estou fora de prova, o que me deixou muito triste. Ontem [domingo], no Km74 embati em algo que creio ser uma pedra, tendo capotado para a frente com muita violência. Ainda lutei até ao WP2, mas as dores ditaram a minha sorte. Estas provas estão imbuídas de risco, e quando a visibilidade e segurança ficam reduzidas os acidentes podem acontecer, faz parte também do que é o Rali Dakar», escreveu o piloto oficial da KTM. O pluricampeão nacional de todo-o-terreno acrescentou que «o Dakar virou-me as costas, mas já estou focado na minha recuperação. O meu agradecimento a todos os patrocinadores e as minhas desculpas por não levar a moto até ao final».
Mário Patrão foi o segundo português a abandonar esta edição do Dakar na sequência de uma queda, depois de Paulo Gonçalves (Honda) ter sofrido um traumatismo craniano na quinta etapa, na sexta-feira. Já Hugo Lopes abandonou na quarta etapa com uma avaria no motor da sua KTM. Até domingo, o motard de Paranhos da Beira (Seia) estava a fazer uma prova regular, repetindo o 23º lugar em três etapas. As piores classificações foram obtidas na primeira tirada (36º) e na quinta (28º), antes do dia de descanso, no sábado, o que lhe valeu o 21º lugar da classificação geral das motos. O Rali Dakar terminou ontem, após o fecho desta edição, em Lima, no Peru.

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