Um dos mais beliscados processos de ensino que conheço é o da dissertação. Tive mestres que liam, outros que se repetiam há vários anos, outros que eram impossíveis de visualizar pelos alunos e frequentemente fui ensinado por quem o detestava fazer. Assim fui percebendo a importância dos conhecimentos pedagógicos, das teorias de ensino e da ciência da educação. Não sei se o talento se ensina e se a predisposição ou o dom se recuperam das fracturas não vocacionais que conduzem as pessoas ao ensino. Mas supondo que ajuda então é imperioso que os mestres percebam de pedagogia e de métodos de ensino. Espantosamente as Universidades não se preocupam em formar os seus professores em pedagogia. Tenho até a convicção que é visto com demérito o empenho na qualidade de ensino. Os mestres não sabem leccionar? Não! Há técnicas, há uma ciência e um modo de o fazer que se não for aprendido, como em tudo o resto, não se sabe. Como se fazem questionários? Como se avalia os desempenhos? Quais são os comportamentos acertivos? Um mar de conhecimentos que vai sendo impresso e obrigado ao ensino secundário mas que teimosamente não penetra a Universidade.
Por: Diogo Cabrita