A terceira edição da Festa do Livro, organizada pelo jornal “O Interior”, terminou no domingo com um balanço bastante positivo, mais dias, mais visitantes e mais livros vendidos. O evento contou com a presença de cerca de três dezenas de editoras, o que possibilitou uma maior variedade de obras e títulos, motivo que atraiu mais pessoas interessadas em comprar do que curiosos.
Durante dez dias, mais tempo do que nas edições anteriores, venderam-se cerca de 2.000 livros, o que deixou a organização «muito satisfeita». Nesta edição venderam-se mais obras para os jovens do que nos anos transactos, salientando-se, no ranking de vendas da literatura infantil e juvenil, as edições do Harry Potter, como a “Pedra Filosofal” e a “Ordem de Fénix”, ou mesmo a “Bela Adormecida” e o “ABC”, para os mais pequenos. Um dos livros que esgotou nos primeiros dias foi o “best-seller” da mexicana Laura Esquível, “Como Água para chocolate”. Outros títulos foram muito procurados e vendidos, como um dos mais reputados escritores britânicos da actualidade Ian McEwan, nomeadamente “Amsterdão”, “O Fardo do Amor” e o seu último romance “Expiação”. Para já não referir as colecções de culinária, dos “Petiscos” aos “Mariscos” para terminar nos “Doces”, que também esgotaram. Mas, para além do prazer que os visitantes tiveram em adquirir um bom livro, houve também durante estes dias várias actividades de animação. De sexta a domingo, a tenda, situada na Praça Velha, recebeu espectáculos de música, teatro e poesia.
No final, fica a vontade de repetir a “Festa do Livro” no próximo ano ainda que num formato diferente. Segundo a organização, se a edição de 2005 se realizar deverá ter menos dias, pois «dez dias implicam muitos custos, nomeadamente com pessoal e o aluguer da tenda. E dispersa as actividades de animação», refere o responsável, Luís Baptista-Martins. A organização do evento está «satisfeita», pois a iniciativa «correu muito bem», sobretudo nos primeiros dias em que a Festa atraiu centenas de visitantes, «o que proporcionou um ambiente muito agradável», acrescenta o responsável. O mesmo lamenta, no entanto, que a Câmara da Guarda tenha «demonstrado desprezo pela actividade».