Sobre a proposta do Governo para a redução dos passes sociais para Lisboa e Porto, o secretário-geral do PSD disse hoje na Guarda não estar de acordo. «Ou isto é aplicado ao país todo, ou então não. Ou seja, a nossa proposta diz ‘sim’, mas ao país todo. Enquanto não for ao país todo, ‘não’. Porque não é justo. Nós temos de ser coerentes. (…) Se nós não queremos deixar o interior esquecido, como é que nós, em coerência, podemos tomar uma medida destas?», questionou. Segundo Rui Rio, «as pessoas fora da Área Metropolitana do Porto e Lisboa continuam a pagar penosamente e com mau serviço, muitas vezes, os seus transportes para irem trabalhar e quem está nos grandes centros urbanos, tem a vida facilitada?». O líder nacional do PSD, que falava na sessão de encerramento da V Academia do Poder Local dos Autarcas Social-Democratas (ASD) a afirmou ser «a favor da facilitação da vida nos grandes centros urbanos, mas ao mesmo tempo de todos os demais», rematou, acrescentando que o Governo aponta que «vai ser depois para todos», mas, em sua opinião, «quando for, é para todos».
Já o presidente dos ASD, Álvaro Amaro, disse que o país vive «um equívoco político» e lembrou que no sábado passaram três anos após António Costa ter sido indigitado primeiro-ministro. «Eu diria que, se houvesse justiça, quem devia ir a julgamento eleitoral foi quem há três anos não foi, porque há três anos não foi a julgamento eleitoral esta ‘geringonça’. Então que vá agora. Mas não”» disse no seu discurso.
Segundo Álvaro Amaro, o país também «assiste a um OE [que] não é apenas mentira, é batota, como já foi dito».