P – Qual a sua primeira atividade/decisão na Concelhia da Guarda?
R – A primeira atividade/decisão na concelhia foi reunir com militantes para dar seguimento a um pedido dos órgãos nacionais do partido, tendo em vista a recolha de contributos para a elaboração do programa eleitoral para as próximas eleições legislativas, e que fez deslocar à Guarda o vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes. Por outro lado, estamos muito atentos à evolução de situações muito preocupantes para as pessoas do nosso concelho, como é o caso da falta de respostas no setor da saúde, aguardando as respostas do ministro da Saúde às perguntas que o grupo parlamentar do CDS lhe colocou e para as quais ainda não obtivemos resposta, para percebermos que outro tipo de iniciativas vamos levar a cabo.
P – Disse que tinha como objetivo «fazer crescer o CDS na Guarda», como tenciona fazê-lo?
R – O crescimento do partido é sempre um objetivo que tem que ser assumido. Vamos fazê-lo de forma semelhante à que tem vindo a ser seguida, isto é, envolvendo cada vez mais pessoas na vida do partido, simpatizantes e independentes, que queiram contribuir com ideias/ sugestões e estratégias, enriquecendo o debate que com alguma regularidade iremos promover internamente, numa conjugação de esforços para apresentarmos alternativas sérias, estruturadas e exequíveis, respeitando a integridade e os princípios do partido numa perspetiva de que o CDS é um partido onde se está bem, onde se está porque se gosta de estar, por ser um espaço de liberdade e modernidade onde cabemos todos.
P – Quantos militantes tem o CDS na Guarda?
R – O CDS tem atualmente 153 militantes com capacidade eletiva, e tem muitos outros que aderiram recentemente ao partido e que, por razões estatutárias, ainda estão a cumprir o período de tempo a que todos estamos obrigados para sermos membros de pleno direito desta organização, que é a única não socialista e de alternativa ao socialismo, em Portugal.
P – Quais são as matérias que mais a preocupam na Guarda?
R – Como já referi anteriormente, a situação do Hospital Sousa Martins, a falta de médicos e de enfermeiros e o encerramento de algumas valências é muito preocupante para todos, pois os cuidados de saúde são um bem fundamental para as pessoas. Acresce ainda o facto de termos uma população envelhecida a precisar ainda mais de cuidados e assistência médica, maioritariamente de baixos recursos económicos, agudizado pelas “longas” distâncias aos centros de recursos disponibilizados. O encerramento de escolas resultante da diminuição de alunos, pelo facto do nosso concelho não conseguir atrair investimento e de gerar emprego que fixe aqui as pessoas. Esta falta de investimento é a grande “pedra no sapato” da gestão autárquica atual e sem o qual não conseguimos virar a página do declínio económico e populacional que se está a tornar crónico para a Guarda, agudizado pelo elevado preço dos combustíveis e das portagens nas autoestradas, que afastam ainda mais o interior do litoral, sem outras alternativas válidas. Sem pessoas não há economia e é precisamente isso que está a acontecer no nosso concelho, onde assistimos a um regular encerramento de atividades comerciais a que se soma também o desaparecimento de entidades bancárias que sinalizam a anemia económica que todos sentimos. O abandono do centro histórico, onde ruas inteiras estão desabitadas e em ruínas! Os elevados valores de IMI, da água e saneamento e da eletricidade – tendo em conta que vivemos numa zona com praticamente nove meses de Inverno deveria haver uma política energética adequada.
P – Passado nove meses da tomada de posse do segundo mandato de Álvaro Amaro, qual o balanço que faz da maioria PSD na Guarda?
R – Penso que o balanço já foi de alguma forma feito na resposta anterior, ou seja, é um mandato em que se percebe que para além da realização de um conjunto de eventos, que considero episódios sem consequência económica duradoura, e de outras iniciativas nada diferenciadoras e de urgência duvidosa, que se resumem ao óbvio, que qualquer um poderia fazer, como é o caso do embelezamento de rotundas, pouco tem sido feito para elevar o bem-estar dos guardenses. Parece-me claramente que deve ser feita uma avaliação séria e honesta das prioridades da população, para aplicar o orçamento da autarquia de forma profícua. O diagnóstico das necessidades da Guarda está feito, o que precisamos é de investimento e emprego e, nesse aspeto, para além do crescimento das empresas já instaladas, nada de novo tem chegado ao nosso concelho neste domínio.
P – É possível repetir uma coligação com o PSD para a Câmara, ou o CDS tem condições para avançar sozinho nas próximas autárquicas?
R – O CDS é um partido responsável e preocupado sobretudo com as pessoas do nosso concelho, daí que qualquer solução que seja boa para os nossos concidadãos e que permita implementar políticas diferenciadoras e promotoras do bem-estar de todos nós serão soluções possíveis para nós. Da mesma forma, como ficou bem evidente nas autárquicas de 2017, o CDS tem capacidade de liderar e apresentar candidaturas autárquicas, seja sozinho, seja em conjunto com independentes ou outras forças políticas, com quem possa reunir um conjunto de ideias e princípios políticos de mudança da realidade do concelho da Guarda.
P – Quantos eleitos tem nas freguesias?
R – Neste momento o CDS tem oito autarcas de freguesia eleitos no concelho da Guarda.
Perfil:
Presidente da concelhia da Guarda do CDS-PP
Idade: 50 anos
Naturalidade: Trinta (Guarda)
Profissão: Professora de Física e Química
Currículo: Licenciada em (ensino de) Física e Química e bacharel em Engenharia Química Industrial
Filme preferido: “Uma mente brilhante” e “Forrest Gump”
Livro preferido: “O Alquimista”
Hobbies: ler, jardinagem