Arquivo

Estudantes do secundário à descoberta da UBI

Universidade da Beira Interior deu-se a conhecer a alunos do 10º, 11º e 12º anos de todo o país através de atividades práticas nas cinco faculdades e na cidade.

Durante uma semana a Universidade da Beira Interior (UBI) transformou-se na casa de mais de uma centena de estudantes do secundário, que chegaram de vários pontos do país para participar na Universidade de Verão. A iniciativa envolveu as cinco faculdades da instituição e destina-se a mostrar aos participantes «como é ser estudante universitário e aquilo que a cidade da Covilhã tem para oferecer, promovendo a universidade de uma forma mais interativa», explicou Eduardo Cavaco, docente da Faculdade de Ciências da Saúde e promotor da iniciativa.

Entre 120 participantes, monitores e professores que ajudaram na realização das atividades, a atividade envolveu cerca de 150 pessoas. Ao longo dos cinco dias cada faculdade desenvolveu ações relacionadas com a sua oferta, mas houve também momentos de convívio e a oportunidade de conhecerem a Covilhã e a Serra da Estrela. No final, Eduardo Cavaco acreditava que a semana tinha sido «um sucesso» e estava confiante que alguns dos jovens participantes, que na sua maioria se encontram no 10º ou 11º ano, serão futuros alunos. «É o que a experiência nos diz», adianta. David Alves, natural de Santarém, parece ir ao encontro das expectativas de Eduardo Cavaco e deverá estar a caminho da UBI já no próximo ano. Terminado o 12º ano, Engenharia Aeronáutica está nos seus objetivos e depois desta experiência está «mesmo decido» a vir para a UBI. O estudante «adorou» a Faculdade de Engenharias, mas a cidade também ajudou a convencer: «À volta é tudo espetacular. Faço ciclismo e não há melhor sítio para treinar que a Covilhã. Aqui posso continuar», afirmou o estudante.

Com a mesma paixão pela aeronáutica, mas ainda com mais um ano de secundário pela frente está Carlos Ribeiro. «É a única universidade do país com aeronáutica e falaram-me tão bem que decidi vir experimentar», justificou o jovem natural de Almada. Veio sozinho, «completamente à descoberta» e não se arrependeu: «A UBI deverá ser mesmo a opção», admitiu. As condições da faculdade ajudaram a convencê-lo, mas não só, «aqui é a prova de que as pessoas não são números, mas também relações, estudam, mas há depois diversão, cooperação e união. Acho que os meus colegas sentem o mesmo», concluiu. Já Clara Mendonça Silva, de Albergaria-a-Velha, foi na Faculdade de Artes e Letras que viveu a experiência de ser universitária por uma semana. Mas a UBI não é uma novidade para si, pois foi aqui que os irmãos estudaram. Gostava de seguir Design e Comunicação, um curso que não há na Covilhã, «mas depois desta experiência e de ter conhecido a oferta, penso que é algo que eu posso reconsiderar», garante a jovem, que ainda terá pelo menos mais um ano para refletir sobre o seu futuro.

Além da vertente formativa da UBI, também o convívio académico acabou por ser umas das mensagens passadas pelos monitores. Elisa Duarte, natural do Porto e estudante de 4º ano de Engenharia Aeronáutica, recorda que quando chegou à Covilhã «estava sozinha», mas rapidamente criou «uma família e um ambiente espetacular». Por isso, falar da UBI é destacar «as condições que temos, os laboratórios, os materiais, mas também os núcleos e associação de estudantes que proporcionam imensas atividades». Além do curso, «todos temos atividades» e ao longo desta semana a sua tarefa foi explicar que «a UBI e a Covilhã são o que se vive cá».

Jovens da Covilhã também quiseram participar na experiência

Destinada a alunos do secundário, a Universidade de Verão também atraiu alguns covilhanenses. «Uma coisa é sermos da cidade e observarmos de longe e outra é envolvermo-nos», refere Rita Abreu, estudante de 10º ano, que viu nesta experiência «a oportunidade de perceber aquilo que quero seguir». Escolheu a Faculdade de Ciências da Saúde porque é uma área que sempre a atraiu e depois de estudar a anatomia do estômago, do coração e até de dissecar um rato, «ficou a certeza de que Medicina será um objetivo». No caso de Beatriz Farias, de 11º ano, viu na Universidade Verão «uma experiência diferente». Adorou a Faculdade de Ciências Sacias e Humanas e está certa que «daqui a um ano» vai escolher a UBI. «A dúvida é entre Psicologia ou Ciências Políticas e Relações Internacionais», acrescenta.

A Universidade de Verão é um projeto ainda em crescendo e que os responsáveis acreditam que se reflete no momento da candidatura ao ensino superior. «Temos a certeza que existe um conjunto de alunos que participa e posteriormente escolhe a UBI, exemplo disso são alguns monitores que tiveram um primeiro contacto connosco na Universidade de Verão» referiu o vice-reitor José Páscoa. Foi o caso de Carolina Salgueiro, atualmente a frequentar o 2º ano de Psicologia. Participou na Universidade de Verão há dois anos e no seguinte, já como aluna, foi voluntária como monitora e este ano repetiu a experiência. «Sou do Fundão e sempre ouvi falar da UBI, mas fazer parte desta experiência é completamente diferente», declara a estudante.

Ana Eugénia Inácio Universidade de Verão da UBI acolheu 120 estudantes de vários pontos do país

Sobre o autor

Leave a Reply