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Hélio Fazendeiro deverá ser secretário-geral adjunto da JS

Jovem covilhanense desistiu da candidatura ao cargo de secretário-geral da JS para ser o “número dois” do novo líder

O presidente da Federação Distrital da Juventude Socialista de Castelo Branco, Hélio Fazendeiro, desistiu da candidatura ao cargo de secretário-geral da “jota socialista” no congresso nacional realizado no último fim-de-semana em Guimarães, para integrar a lista encabeçada pelo aveirense Pedro Nuno Santos, o sucessor de Jamila Madeira. Decisão seguida também por João Ribeiro, de Aveiro, que retirou a respectiva candidatura.

Pedro Nuno Santos foi eleito como líder da JS por 365 votos, enquanto que Luís Filipe Pereira, de Coimbra, obteve 243 votos. A desistência de Hélio Fazendeiro (74 delegados em congresso) e de João Ribeiro (68 delegados) foram cruciais para a vitória de Pedro Nuno Sousa, que contava já com o apoio de 274 delegados. Quanto ao conimbricense tinha o apoio de 195 delegados, havendo ainda em congresso 158 “não alinhados”. Hélio Fazendeiro, aluno da licenciatura de Engenharia de Produção e Gestão Industrial (EPGI) da Universidade da Beira Interior e membro da Assembleia Municipal da Covilhã, justificou a “O Interior” a desistência do projecto “Uma JS de ideais, por uma cidadania activa” na corrida eleitoral a «bem da JS», que «precisa de estar unida e coesa» para enfrentar as próximas eleições legislativas.

No fundo, tratou-se de «uma fusão de três projectos políticos» para evitar «as lutas internas» que se assistiram na “jota” ao longo dos últimos quatro anos. «Nos próximos dois anos, queremos um projecto político credível», justificou o jovem presidente da Federação Distrital da JS albicastrense, que deverá ocupar na primeira reunião do Conselho Nacional da JS, em Setembro, o lugar de secretário-geral adjunto. Já João Ribeiro deverá assumir o cargo de presidente do Conselho Nacional. «Ainda não é oficial, mas já se conversou sobre isso», adiantou o jovem covilhanense, regozijando-se com o facto de ser um lugar de «grande relevância». Hélio Fazendeiro passará a ser então o número dois da JS, tendo ainda assento junto da Comissão Nacional do PS cuja lista encabeçada por Hélio Fazendeiro elegeu 12 elementos. Os restantes oito lugares disponíveis foram eleitos pela lista de Luís Filipe Pereira. Catarina Mendes, José Miguel Oliveira e Artur Patuleia, da concelhia covilhanense da JS, irão representar o distrito de Castelo Branco na Comissão Nacional da JS, enquanto que José Vaz foi eleito para o Conselho Nacional de Jurisdição.

No final do congresso, que terminou domingo, o novo líder da juventude do partido da “rosa” disse à agência Lusa que iria «retomar causas políticas de esquerda», como a regionalização e o aborto. Pedro Nuno Santos disse ainda que a JS iria voltar a «ocupar o espaço que lhe pertencia, apresentando na Assembleia da República iniciativas em todos os assuntos que interessam à juventude e à sociedade portuguesa». A eleição de Pedro Nuno Santos representa assim uma ruptura com a JS dos últimos anos, liderada pela agora eurodeputada Jamila Madeira. O novo secretário geral da JS sempre foi um dos maiores críticos da política seguida pela sua antecessora, tal como Hélio Fazendeiro, que de resto defendia também no seu projecto político uma JS virada à esquerda e que recuperasse as «bandeiras do passado».

Para o vereador socialista na Câmara da Covilhã, Miguel Nascimento, o jovem covilhanense é já «um grande vencedor» por ter «marcado um espaço político dentro da JS nacional» e por ter demonstrado uma «boa capacidade de intervenção».

Liliana Correia

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