O anúncio de que o Museu Nacional da Emigração ficará em Matosinhos não vai fazer a autarquia do Sabugal desistir do projeto em que que tem vindo a trabalhar.
António Robalo adiantou a O INTERIOR que o objetivo é «tratar a questão da emigração adaptada à condição estratégica e geográfica» do concelho raiano com a consciência de que num país «tão diverso» como Portugal, também o fenómeno da emigração «tem várias formas». O autarca adianta que «há vários projetos a serem desenvolvidos no país» e o que o município pretende é «pertencer a essa rede de espaços interpretativos migratórios», pelo que a decisão de atribuir a Matosinhos o Museu Nacional da Emigração «não altera, nem complica, o nosso processo, porque falamos de fenómenos migratórios distintos». Segundo António Robalo, o município do Sabugal «nunca» se quis assumir «como único representante nacional», mas sim fazer parte «dessa rede de espaços interpretativos das migrações».
A estratégia está já «delineada» e o município está «empenhado» na concretização do projeto através de grupos de trabalho, estimando-se que a criação do espaço dedicado à emigração possa acontecer «ainda neste mandato». O local onde ficará o futuro museu está já escolhido: «É um espaço de excelência no centro da cidade. Trata-se da escola EB 1 do Sabugal que ficará livre no próximo ano letivo», adiantou António Robalo.