P – Porque decidiu recandidatar-se à presidência do Clube de Montanhismo da Guarda?
R- Por diversas razões, entre as mais importantes está o poder contribuir para o clube de uma forma ativa e de certa maneira retribuir por tudo aquilo que o clube me proporcionou ao longo dos (quase) 26 anos de sócio. O ter uma equipa de amigos, que são no clube uma segunda família e que comungam deste mesmo espírito, são motivos muito fortes que nos levam a estar disponíveis e motivados para a um novo mandato.
P- Que projetos tem em mente para o próximo mandato?
R- Temos sempre como grande objectivo cumprir a totalidade do plano de atividades, por ser um plano exigente e bastante rico com diversas iniciativas a organizar desde as tradicionais caminhadas, travessia de longa duração e atividades invernais, travessias em BTT, escalada e as descidas dos “nossos” rios. Queremos continuar a garantir/organizar atividades para todas as idades, tendo sempre em conta quem está a começar nestas andanças da montanha e quem já pretende algo mais exigente. No entanto, existe uma grande vontade de reaproximar-nos das origens e da escalada clássica, ao mesmo tempo que pretendemos dinamizar mais o “trail” no seio do clube. A juntar a tudo o que organizamos queremos continuar a participar nas provas de orientação da Federação Portuguesa de Orientação, nas provas de escalada (bloco e dificuldade) da Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada, nas provas de “trail” da Associação Portuguesa de Trail Running de Portugal e nas provas de BTT da Associação de Ciclismo da Beira Interior.
P- O que falta fazer para dinamizar o clube?
R- Ideias são coisas que a nós não nos faltam. Estaria a mentir se não dissesse que gostaria de, em breve, ver o clube a realizar uma grande atividade em alta montanha, como já o fez por diversas vezes no passado.
P- Quais são as principais carências da coletividade?
R- No geral, o mundo associativo não vive os seus melhores dias. No entanto, o Clube de Montanhismo da Guarda tem vindo ao longo dos anos a consolidar as suas raízes, dando os passos certos por forma a estar bem de saúde após os seus quase 37 anos de existência. Em termos logísticos, temos uma necessidade muito grande, que se arrasta há alguns anos, que é a de ter um espaço onde possamos guardar parte dos nossos equipamentos e as nossas duas viaturas. A outra grande carência é ter locais na Serra da Estrela para escalar, pois desde 2009 que em grande parte da área da Serra da Estrela é proibido escalar.
P- O número de sócios tem crescido ao longo dos anos ou estagnou? A que se deve essa situação?
R- O número de sócios tem crescido ao longo dos anos, penso que isso se deve principalmente ao plano de atividades que nos propomos organizar e às modalidades que dinamizamos.
P- Os desportos de montanha e de natureza estão cada vez mais na moda. O Clube tem sido muito solicitado para organizar atividades?
R- O clube organiza as suas próprias atividades, sempre a pensar nos sócios. Os desportos de montanha e da natureza estão muito na moda e é por isso que na nossa opinião os clubes como o Clube de Montanhismo da Guarda são muito importantes para o crescimento e para a maturidade dos seus praticantes. Vivemos numa época em que grandes desafios físicos de grande esforço na montanha são muito apelativos e quase se tornam banais. Mas é preciso conhecer e respeitar a montanha, nem sempre se está preparado para enfrentar todas as adversidades mesmo quando estamos na nossa melhor forma. Este é um trabalho muito importante onde clubes como o nosso podem fazer toda a diferença. Somos da opinião que quem tiver a possibilidade de praticar desportos de montanha através de um clube de montanhismo ganha uma visão da montanha e uma maturidade que será sempre uma mais-valia para os desafios.
Perfil:
Presidente do Clube de Montanhismo da Guarda
Profissão: Técnico de Informática no Centro Hospitalar da Cova da Beira
Idade: 40 anos
Livro preferido: Nenhum em particular
Hobbies: Passear
Filme preferido: “The Others”