Tudo o que direi de seguida terá de ter um pilar fortíssimo assente na vigilância de prestadores, contratos e comportamentos.
1- Criar uma contratualização entre idosos sem herdeiros, mas donos de espaços centrais nas cidades, com casais de jovens que os cuidem e integrem apenas com a garantia de serem depois herdeiros do património.
2- Criação de espaços públicos com zonas específicas de acolhimento de idosos para confraternização. Mesas onde comem e encontram desconhecidos e criam laços e novas relações. A forma será de restaurantes ou de cafés com monitores, com facilitadores de conversa e de interação.
3- Lugares abertos de criação de animais domésticos que funcionarão como jardins de interação de crianças, avós e animais. Onde se retiram os ovos que se comem, as laranjas que se fazem sumo.
4- Reduzir os lugares de coletivização da velhice em favor do apoio da presença apoiada ou vigiada nas casas de origem. Manter o mais possível o domicílio da vida como o espaço de recolha noturno. Usar a tecnologia como meio de vigilância se necessário e se permitido pelo idoso.
5- Introduzir no processo do cuidar o familiar desempregado que se forma e se educa para a tarefa. Dar-lhe habilidades, saberes e técnicas que permitam desempenhar uma performance excelente, com vigilância e acompanhamento.
6- Premiar os bons cuidadores com títulos de trabalho que representam saber de experiência feito, sempre na dependência de gente sabedora e decisora.
7- Apoiar as viagens à praia e ao campo a preços baixos de idosos autónomos a viver em lares ou institucionalizados. Impedir o cerco das paredes, obrigar à presença de natureza nos futuros e remodeláveis cuidados continuados.
8- Fortalecer experiências de animais com a solidão de idosos ou pessoas com debilidades. Integrar na rutura da solidão o afeto quer de pessoas, quer de bichos adequados para cada feitio ou capacidade.
9- Criar unidades hospitalares específicas para evitar internamentos prolongados, enfermarias depósito, estadias entre pneumonias, desadequação de medicação, indução de terapêuticas para o domicílio. Consultas urgentes para idosos com inclusão de psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, podologistas.
10- Tornar gratuita/subsidiada, mas dependente de marcação e até uma quota de dez por cento da sala, a presença de maiores de 75 anos em espetáculos de cinema, teatro ou desportivos.
11- Substituir as bancadas das legiões de selvagens do desporto/ vulgo claques organizadas por visitas de reformados inscritos para esse fim aos clubes punidos agora com “porta fechada”.
E há um rol que não termina de mais hipóteses para pensar e discutir no futuro. Tudo o que aqui disse antes vai ter imensas “declarações de interesse” quando resolverem criticar.
Por: Diogo Cabrita