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Novo curso no IPG mas sem vagas adicionais

ESEG é a principal afectada por causa da licenciatura em Desporto

Com os exames nacionais do ensino secundário ainda a decorrer, já é possível conhecer o número de vagas disponíveis no Ensino Superior para o próximo ano lectivo. No Instituto Politécnico da Guarda (IPG), a Escola Superior de Educação (ESEG) vai dispor de menos vagas, por curso, do que no ano passado. Enquanto a Escola Superior de Tecnologia Gestão (ESTG) tem 359 vagas disponíveis, menos uma que no último ano lectivo.

As vagas são atribuídas pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior (MCES) ao IPG e distribuídas posteriormente pelos diferentes cursos do Politécnico. O facto de não haver vagas adicionais para os novos cursos «é uma imposição do MCES», adianta o vice-presidente do Instituto, António Amarelo Fernandes. Nesse sentido os novos cursos têm que ser criados com as vagas disponíveis, mas «isso acontece em todas as instituições de ensino superior», esclarece o vice-presidente, à excepção das áreas relacionadas com saúde. Uma coisa é certa. No ano lectivo de 2004/2005 «não vai ser encerrado nenhum curso no IPG», assegura António Amarelo Fernandes, revelando ter sido contactado na semana passada pela Direcção-Geral do Ensino Superior por causa de três áreas de ensino do IPG. Em causa estão Educação Musical, Engenharia Mecânica e Engenharia Topográfica, que não cumprem as condições mínimas impostas pelo ministério – como a admissão de dez alunos no mínimo e trinta nos últimos três anos. Mas para que estas áreas não sejam encerradas nos próximos anos, «está a ser estudada a possibilidade de reestruturação dos cursos», adianta o vice-presidente do IPG.

Na Escola Superior de Educação da Guarda (ESEG) «foram retiradas vagas de outros cursos» para serem atribuídas ao novo curso de Desporto, explica Joaquim Brigas. Tudo isto «considerando a eventualidade da aprovação», conforme comunicação da Direcção -Geral do Ensino Superior. No caso de não aprovação de qualquer novo curso mantém-se a anterior proposta de 240 vagas, repartidas pelos cursos existentes. No entanto, a distribuição de vagas para o novo ano é a seguinte: Comunicação e Relações Públicas tem 45 vagas (menos cinco que no ano passado), Comunicação e Relações Económicas 42 (menos oito), Animação Sociocultural 45 (menos cinco), Prof. 1º Ciclo Ensino Básico 35 (menos cinco), Educação de Infância 33 (menos sete), e, por fim a nova licenciatura em Desporto com 30, enquanto o curso de Professores do Ensino Básico/Educação Musical dispõe apenas de 10 vagas.

Entretanto na Escola Superior de Tecnologia e Gestão «não há cursos novos», diz o director, Jorge Leão, adiantando que «poderá ser uma opção para o próximo ano». Apesar dos cursos de Engenharia Topográfica e Mecânica não estarem a cumprir as normas vigentes do Ministério, o director acredita que «este ano as coisas podem mudar, vamos esperar para ver». Até porque o curso de Engenharia Topográfica sentiu um «crescimento» de alunos no último ano, relembra o director da ESTG, que refere que o mesmo «só não cumpre pelo facto desta apreciação ser vista em três anos». O caso de Engenharia Mecânica «é mais complexo», admite Jorge Leão, por causa de todo o investimento efectuado, tanto em laboratórios, como no corpo docente. Contudo, Leão reconhece que «há vários cenários possíveis» para estes cursos e que os mesmos terão que ser discutidos pelo IPG. Até lá, afirma que «nenhum deles vai fechar». Em relação às vagas disponibilizadas para esta escola mantém-se o mesmo número, à excepção de uma vaga em Engenharia Topográfica, «o que é ridículo», confessa o director. Por isso das 360 vagas atribuídas no ano passado, temos para o próximo ano lectivo 359. Assim, estão disponíveis Engenharia Civil (40 vagas), Mecânica (20), Informática (50), Topográfica (19), Ambiente (35), Contabilidade e Auditoria (45), Contabilidade e Auditoria, nocturno (20), Secretariado e Assessoria de direcção (45), Marketing (50), Gestão (35).

Patrícia Correia

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