O ano de 2018 afigura-se como de crescimento a nível nacional, seguindo a linha de 2017. Como representante de um clube que aposta no turismo, devo salientar que também a este nível Portugal teve uma evolução extraordinária, sendo reflexo disso o prémio de “Melhor Destino Turístico do Mundo”, recebido nos World Travel Awards (WTA), e no qual também Lisboa mereceu destaque.
Para este ano o meu desejo é que este mérito chegue efetivamente à nossa região. Nos últimos anos muito foi feito, com o desenvolvimento de marcas, projectos de vária ordem e dimensão, havendo marcas de excelência! Também o Escape Livre fez o seu trabalho, mobilizando milhares de pessoas em torno das suas atividades, do todo-terreno ao desporto automóvel, projectando a região como um destino de inúmeras potencialidades, enchendo unidades hoteleiras e de restauração e envolvendo inúmeros parceiros locais.
O nome da região já é levado muito mais longe e pelos melhores motivos, inclusive pelo trabalho do Turismo do Centro de Portugal, que tem hoje uma plataforma de informação bastante completa para o turista, uma estratégia de promoção também praticada pelo clube. Em 2018 faltará ainda aos autarcas um pouco mais de iniciativa neste sector, pois dos 14 concelhos poucos são, apesar do que referem, os que apostam no turismo e na atração de visitantes com eventos ou apoio aos agentes. Câmaras como Guarda e Pinhel, por seu lado, já abriram, sobretudo no último mandato, a sua visão à importância de uma estratégia dinâmica e da sua divulgação, que acaba por ser ainda mais positiva por via da recomendação direta, como já acontece nas aventuras do Escape Livre. Figueira de Castelo Rodrigo foi percursor neste capítulo, com uma iniciativa que há 20 anos é cartaz turístico de excelência.
Quanto a receios para 2018, o principal vai para a perda de oportunidades. Após o flagelo dos incêndios, não gostaria que se perdesse a oportunidade de trabalhar a sério a prevenção, na defesa e na reorganização da floresta. Com o Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) à cabeça e um território diversificado em paisagens e espaços paradisíacos, há que apostar nesta área ao nível da exploração sustentada e turismo.
Acredito que esta área geográfica que vai da Serra da Estrela ao Douro, envolvendo as Aldeias Históricas, tem tudo para ser um dos destinos de maior crescimento, não apenas em 2018 mas nos próximos anos. As sementes foram lançadas. Vamos agora apostar no seu crescimento, apostando num bom serviço. A Guarda e a região estão no bom caminho. Não percamos oportunidades. Votos de um bom 2018!
Luís Celínio Antunes*
* Presidente do Clube Escape Livre