Expectativas para 2018
1. Espero que se aposte de uma forma clara na prevenção dos incêndios e que se melhore a capacidade de combate às chamas.
2. Espero que haja políticas públicas efetivas relativas ao ordenamento do território, à coesão social, com forte investimento público no interior que promova o emprego e que combata o despovoamento cada vez mais visível em quase dois terços do território nacional.
3. Espero que seja um ano com mais crescimento económico, melhor emprego, com um combate sério à precariedade laboral.
4. Espero que seja um ano em que se consiga renegociar os juros e os prazos da dívida portuguesa, para se conseguir sair deste ciclo infernal de empobrecimento a que temos sido sujeitos.
5. Espero que seja o ano da aprovação da despenalização da morte assistida, um tema que urge discutir seriamente na sociedade portuguesa.
6. Espero que haja uma real descentralização de serviços do Estado para o interior.
7. A nível do concelho da Guarda, espero que 2018 marque o arranque do importante projeto dos “Passadiços do Mondego”.
O que não gostaria que acontecesse em 2018
1. Que a fatura da água no concelho da Guarda não aumente um cêntimo que seja, pois pagamos um valor quase escandaloso por esse bem essencial.
2. Que o atual modelo da “Guarda Cidade Natal” se mantenha nos moldes atuais. Este modelo de “plástico” está esgotado e espero não voltar a ver no Natal de 2018 a Praça Velha transformada num local triste e deprimente.
3. Espero não continuar a ver no meu concelho a ausência de uma política cultural verdadeira que tem sido substituída por eventos desgarrados sem qualquer mais valia para a região onde vivemos.
4. Espero que o Instituto Politécnico da Guarda não continue no atual rumo (sem uma estratégia clara fazendo uma “navegação à vista”) sob pena de não ter, a médio prazo, qualquer futuro.
5. Espero que a tragédia dos incêndios que se abateu no nosso país em 2017 nunca mais seja possível.
Jorge Mendes*
* Professor do Instituto Politécnico da Guarda