O director da Associação Cultural da Beira Interior (ACBI), o maestro Luís Cipriano, foi segunda-feira condenado ao pagamento de 12.800 euros por dois crimes de abuso de liberdade de imprensa. Em causa estão declarações públicas acerca do presidente da Câmara do Covilhã, Carlos Pinto, que interpôs em tribunal um processo-crime por difamação contra o maestro. Além do pagamento de indemnizações de 12.800 euros ao autarca, Luís Cipriano foi ainda sentenciado pelo Tribunal da Covilhã a pagar uma multa de 1.920 euros em alternativa a 240 dias de prisão e obrigado a pedir publicamente desculpas a Carlos Pinto. Segundo o acórdão, ficou provado que as declarações, prestadas a vários órgãos de comunicação social e que remontam a Abril do ano passado, transmitiam a ideia de que o autarca estaria a tirar benefícios pessoais do cargo público que ocupa. «Insinuações» que, para o juiz, criaram um clima de suspeita sobre Carlos Pinto, sem que «nenhuma acusação directa» lhe tenha sido formulada, ofendendo a honra do presidente da Câmara. Luís Cipriano já garantiu que pretende recorrer da decisão para o Tribunal da Relação. Em declarações à Rádio da Covilhã, Carlos Pinto anunciou entretanto que o valor da indemnização deverá ser encaminhado «para instituições culturais».
