Há um investidor interessado na requalificação do Hotel Turismo, na Guarda, cujo concurso limitado por prévia qualificação foi aberto em julho passado. O candidato já formalizou a sua proposta para assumir a empreitada e gestão do equipamento e decorrem atualmente as negociações com o Turismo de Portugal, estimando-se, segundo apurou O INTERIOR, que a unidade seja entregue «ainda antes do final do ano», disse fonte conhecedora do processo.
Os critérios de adjudicação são a proposta economicamente mais vantajosa ponderada com fatores como o valor do montante anual da contrapartida (ponderação de 70 por cento) e a percentagem de utilização como empreendimento turístico hoteleiro superior a 50,1 por cento (30 por cento).
Integrando o programa REVIVE, o novo Hotel Turismo será concessionado por 50 anos a privados, tendo o edifício sido reavaliado recentemente em 1,5 milhões de euros. Caso não houvesse interessados, o presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, já disse que o município poderá comprar o imóvel. Recorde-se que a autarquia assinou este ano um memorando de entendimento com o Turismo de Portugal, a Direção-Geral do Tesouro e Finanças, a Direção-Geral da Cultura e Património e a Direção Regional da Cultura do Centro.
Desenhado por Vasco Regaleira, o edifício do Hotel Turismo da Guarda foi vendido em 2011 ao Turismo de Portugal por 3.5 milhões de euros para ser recuperado e transformado em hotel de charme com escola de hotelaria, mas o projeto não saiu do papel e o imóvel está desde então de portas fechadas e a degradar-se.
Em 2015, a Direção-Geral do Tesouro e Finanças realizou uma hasta pública para venda do imóvel que ficou deserta. Posteriormente, o edifício foi novamente colocado à venda, pelo valor de 1,7 milhões de euros, através de um concurso público de arrendamento com opção de compra, mas a empresa interessada no negócio desistiu. A unidade fechou portas em novembro de 2010, pouco depois da Assembleia Municipal ter decidido a dissolução da Sociedade Hotel Turismo e a venda do imóvel ao Turismo de Portugal.
Luis Martins