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Série 60 anos, 60 boas razões para a União Europeia

Razão #12: A União Europeia conduz o futuro digital

A Internet e as tecnologias digitais estão a transformar o mundo em que vivemos. No entanto continuam a existir obstáculos que impedem os cidadãos, as empresas e mesmo os Governos de tirar pleno partido destas ferramentas. Estima-se que uma melhor cooperação a nível europeu para estabelecer um mercado único digital pode minorar estes obstáculos e dar um contributo para a economia europeia que rondará os 415 mil milhões de euros, impulsionando o emprego, o crescimento, o investimento e a inovação.

A iniciativa “Mercado Único Digital”, agora lançada pela Comissão Europeia, estrutura-se em torno de três vertentes:

Em primeiro lugar, ao eliminar as discrepâncias injustificáveis entre os diversos regulamentos nacionais, a União Europeia (UE) facilita o comércio, tornando-o mais rápido e acessível. As startups e empresas tecnológicas poderão assim atingir novos mercados e ultrapassar a escala nacional – condição necessária à melhoria dos seus serviços e à criação de postos de trabalho. Os consumidores também serão beneficiados, seja porque têm acesso a mais opções de compra, seja pela redução de tarifas nos serviços que usam. Um exemplo de sucesso nesta área foi o fim do “roaming”: agora o preço das chamadas e mensagens mantém-se mesmo que sejam realizadas num Estado Membro que não seja o Estado Membro de origem do consumidor.

Depois, em segundo lugar, porque o progresso deve ser acompanhado de inclusão, a UE está consciente da necessidade de promover a expansão da internet, fazendo-a chegar com qualidade a toda a população europeia. Além disso, para aqueles que não cresceram no mundo virtual e têm direito a conhecê-lo, deve apostar-se na educação para as novas tecnologias – só assim é que o contacto com este novo universo a todos beneficiará. Um portal digital único, que interliga os serviços dos diferentes países europeus, também oferecerá uma nova dimensão à cidadania, que deve ser explorada e cujo acesso deve ser garantido equitativamente.

Por fim, importa não esquecer que esta iniciativa também exige a segurança e privacidade dos utilizadores online. É com este propósito que se realizou em outubro a 5ª edição do Mês Europeu da Cibersegurança, que visa sensibilizar a população para as ameaças existentes no universo cibernético e promover a segurança para cidadãos e organizações, através da educação e partilha de boas práticas. No âmbito desta campanha foram realizadas 354 atividades nos 28 Estados-Membros da UE. Tal como Andrus Ansip, Vice-Presidente da Comissão Europeia e encarregue do Mercado Único Digital, destacou, a Cibersegurança é a base para o mundo digital e uma responsabilidade partilhada entre todos os seus utilizadores. Só uma abordagem comum permite uma supervisão eficaz e a contenção de possíveis ameaças.

É objetivo da UE e da Comissão Juncker que os seus cidadãos e empresas possam aceder, sem problemas e de igual forma, seja qual for a sua nacionalidade e o sítio onde vivem, a um mercado digital comum. Além de assegurar a liderança da UE na economia digital, pretende-se com esta iniciativa melhorar a qualidade de vida de todos os cidadãos europeus, permitindo um acesso renovado e seguro a uma nova esfera de oportunidades.

Por: Sofia Colares Alves

* Chefe da Representação da Comissão Europeia em Portugal

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