Contrariando o que anunciou na campanha eleitoral, Carlos Pinto tomou posse como vereador da Câmara da Covilhã.
Apesar de ter estado ausente da primeira reunião do executivo, o eleito pelo movimento “De novo Covilhã” enviou ao presidente da Câmara um requerimento onde pede explicações sobre o processo em que Vítor Pereira é acusado, pelo Ministério Público, dos crimes de prevaricação de titular de cargo político e de participação económica em negócio. Na missiva, Carlos Pinto questiona o edil se o município, enquanto lesado, «já se constituiu como assistente no processo» e quer também saber se «já deduziu o pedido de indeminização cível», lembrando que se tal não acontecer «nunca receberá as quantias pelas quais se viu privado em virtude da celebração do acordo».
O ex-presidente da Câmara pede ainda ao autarca que esclareça se «considera estar em condições de compatibilidade para exercício das funções», lembrando que o processo opõe a autarquia ao próprio presidente. Nesse sentido, Carlos Pinto pediu ainda o agendamento de uma sessão extraordinária da Câmara «a fim de deliberar a imperatividade da prática dos referidos actos pelo seu presidente» e recordou que a «omissão da prática desse acto processual pode igualmente fazer incorrer em responsabilidade civil, penal e criminal».