Álvaro Amaro mantém tudo como está no executivo guardense, que permanece com três vereadores a tempo inteiro. Na primeira reunião de Câmara, realizada na quinta-feira, foram conhecidos os pelouros atribuídos aos cinco eleitos da maioria PSD.
Carlos Chaves Monteiro continua vice-presidente do município e responsável pelos pelouros da Administração Geral, departamento que inclui a divisão do Planeamento Económico-Financeiro, do Património, Recursos Humanos e Desporto). Sérgio Costa volta a tutelar o Urbanismo, os Equipamentos Municipais, Água e Saneamento, Proteção Civil e os Gabinetes Técnico Florestal e de Sanidade e Higiene Veterinária. Já a estreante Lucília Monteiro assume as pastas da Ação Social, Juventude e Educação, que transita da alçada de Victor Amaral, o único vereador que permanece a meio tempo e fica com os pelouros da Cultura e Turismo. Finalmente, Álvaro Amaro mantém a coordenação geral, o desenvolvimento estratégico, o relacionamento com as Juntas e a comunicação e marketing. O presidente também não mudou o seu gabinete, reconduzindo Carlos Condesso como chefe de gabinete e Cecília Amaro como adjunta.
Nesta sessão, os eleitos do PS, Eduardo Brito e Pedro Fonseca, abstiveram-se em todos os pontos da ordem do dia alegando tratar-se de matéria da «exclusiva competência» do presidente, justificou Eduardo Brito. Em declarações aos jornalistas, o vereador adiantou que os socialistas estarão disponíveis para «convergir» com a maioria «quando formos envolvidos nos assuntos desde o início» e tiverem a informação necessária «em pormenor e atempadamente». De resto, Eduardo Brito comprometeu-se a «trabalhar pela Guarda de acordo com o nosso projeto». Na quinta-feira Álvaro Amaro anunciou que espera apresentar o Orçamento para 2018 até à Assembleia Municipal de dezembro. «Quero que traga as orientações que sintetizei no discurso de posse, mas também que já tenha em conta a nova estrutura orgânica da Câmara porque terá impacto orçamental», declarou o edil, que revelou que conta inaugurar a requalificação do parque municipal a 27 de novembro, Dia da Cidade.
Se Estado demorar a apoiar, Câmara faz e manda a conta
Álvaro Amaro espera que o Governo coloque no terreno «o mais depressa possível» as medidas que saíram do Conselho de Ministros extraordinário de apoio à recuperação das áreas ardidas e que no futuro «o país não adormeça» sobre a problemática dos incêndios.
«O país acordou e o Governo também, mas devia de ter acordado mais cedo para a coesão do território», disse o presidente da Câmara da Guarda à margem da primeira reunião do executivo do novo mandato. Na sua opinião, as medidas anunciadas são «uma prova de empenho, de boa vontade», mas há ainda «muita coisa» a esclarecer, nomeadamente a desburocratização dos apoios aos agricultores que perderam equipamentos, edifícios de apoio e animais nos incêndios. E no caso da Guarda garantiu que a autarquia vai fazer «o que é preciso» para ajudar os produtores e que depois apresentará as contas ao Estado. «Ou isto é rápido, no sentido desses apoios das medidas até cinco mil euros, ou a Câmara vai-se substituir», avisou. A Câmara vai também minimiar o risco de derrocada na EN 18, na zona de Aldeia do Bispo, e as consequências das primeiras chuvas.
Luis Martins