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Defesa de Sócrates considera «infundada e insensata» acusação do MP

A defesa de José Sócrates assegurou, esta quarta-feira, que vai examinar detalhadamente o despacho do Ministério Público contra o ex-primeiro-ministro na “Operação Marquês” e considera a «acusação infundada, insensata e insubsistente».

Em comunicado enviado à agência Lusa, os advogados João Araújo e Pedro Delille referem que irão usar «todos os meios do direito para derrotar, em todos os terrenos, essa acusação infundada, insensata e insubsistente». «A um primeiro relance, trata-se de um romance de um manifesto vazio de factos e de provas, pois não pode ser provado o que nunca aconteceu. Trata-se de retomar e desenvolver os mesmos temas numa iniciativa de grande espetáculo», argumenta a defesa de Sócrates.

Os advogados reiteram que a acusação surge depois de «largamente ultrapassados todos os prazos da lei» e que esta é «visivelmente, destinada a reanimar, a alimentar e a expandir a suspeição lançada sobre a pessoa e a ação de um ex-primeiro ministro e do seu Governo».

A defesa de Sócrates observa ainda que manteve, ao longo deste processo, «mesmo perante o enorme e injusto sacrifício pessoal do seu constituinte, absoluta confiança no direito, mesmo quando os que o deviam guardar e acatar o violaram grosseiramente».

Garante, por outro lado, que será nesse quadro do direito que irá continuar, «com rigor e exigência», a fazer a defesa do antigo líder do PS.

Os advogados acrescentam que, com «esta acusação, cessam os poderes de direção do processo pelo Ministério Público, que ficará sujeito ao controlo jurisdicional por juiz competente, isento e imparcial».

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