Sem surpresa, o candidato do PSD Paulo Fernandes foi reconduzido na presidência da Câmara do Fundão com 55,17 por cento dos votos e cinco mandatos.
Aos jornalistas, o autarca reeleito disse que ter este resultado, «depois de um mandato tão difícil e cheio de desafios, é um grande impulso e motivação para continuarmos». «Vamos, com o mesmo nível de compromisso, esforço e dedicação, pugnar por mais quatro anos de desenvolvimento para o concelho», garantiu Paulo Fernandes. O PS teve 28,79 por cento dos votos e elegeu dois vereadores. A coligação PCP-PEV ficou-se pelos 6,6 por cento, à frente do CDS (3,5). A abstenção foi de 40,5 por cento. Em comparação com 2013, não houve alterações significativas no Fundão. A Câmara continua a ser liderada pelos social-democratas e o PS mantém os dois vereadores, embora tenha conseguido mais 507 votos. Em declarações a O INTERIOR, Joana Bento mostrou-se insatisfeita com o resultado, mas declarou que «a vontade do povo é soberana e saberei aceitar o lugar para o qual fui eleita».
A candidata de 30 anos lamentou ainda as declarações do líder distrital do PSD, Manuel Frexes, que na noite de domingo terá dito que o «PS tinha desertado o combate político ao apresentar uma jovem candidata». «Os resultados confirmam que o PS não desertou politicamente. Subimos a votação em relação a 2013, mantivemos os oito elementos na Assembleia Municipal e conseguimos quatro das 14 freguesias onde concorremos», contrapôs. Joana Bento disse ainda que a vitória do PSD deve-se ao «medo instalado pelos interesses» e também ao facto do PS não ter concorrido às 23 freguesias do concelho. «Seremos uma oposição participada, com propostas, atenta e fiscalizadora, para que a luta dos interesses dos fundanenses seja uma constante», afiançou a nova vereadora.