Anselmo Sousa (PS)
P – Qual é a marca deste mandato?
R – Pode ser resumido a três palavras: fizemos, apoiámos e lutámos!
Fizemos mais e melhor pelas pessoas e pelo nosso concelho. Apoiamos e promovemos eventos de referência, como provas de âmbito desportivo a nível internacional ou o festival Meda+. Lutámos para que os serviços públicos não fossem encerrados e o tribunal, que foi encerrado pelo anterior Governo, conseguimos que fosse reaberto.
P – E o seu principal projeto se for reeleito?
R – Assumi e desenvolvi, com a vasta equipa que me acompanha, uma carta de compromissos que estão explanados no nosso programa eleitoral, com 50 medidas em vários sectores, da agricultura ao turismo, sem esquecer a cultura, o apoio social ou mesmo o empreendedorismo, entre outros. Destaco alguns, como a construção da Barragem Hidroagrícola da Coriscada, a criação da “Enoteca Interativa do Douro e Beiras”, a construção de novos regadios tradicionais e melhorar a eficiência dos existentes ou a criação na autarquia de um Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Económico e Local. Vamos promover a transformação do Edifício Conde Ferreira no futuro Centro de Apoio ao Empreendedor e Incubadora de Empresas e trabalhar no alargamento da zona industrial, além de requalificar a zona histórica de Mêda e criar e estruturar o “Gabinete da Diáspora Medense”.
P – Como vai resolver a principal carência do concelho?
R – O abandono humano é o maior flagelo, infelizmente comum a todo este território. Não há uma “varinha mágica” que o resolva no imediato, porém, e através de vários projetos que pretendo desenvolver, poderemos ter a esperança de estagnar este abandono. Tenciono apostar em quatro eixos/pilares que consideramos fulcrais. São eles o desenvolvimento económico e emprego; a cultura, desporto, ambiente e juventude; o apoio aos idosos e ação social e o papel da diáspora no desenvolvimento do concelho.
Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:
1º Anselmo Sousa
2º Paulo Esteves
3º Júlio Félix
4º Carlos Sampaio
5ª Isabel Costa
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César Figueiredo (CDS)
P – Como avalia a gestão da atual maioria?
R – Foi desastrosa. Pautou-se por uma governação de navegação à vista, sem estratégia e sem políticas com horizontes no futuro, criando a ilusão nas pessoas, em particular nos mais jovens. Ao invés de progredirmos comparativamente aos demais concelhos vizinhos regredimos ainda mais, porque ficámos parados à espera que as coisas acontecessem e o Governo PS, em Lisboa, se lembrasse da Mêda, o que não aconteceu. Foi um mandato de paralisia absoluta, tanto na gestão dos próprios serviços, como na definição dos eixos estratégicos para o desenvolvimento e criação de riqueza.
P – Qual é, neste momento, a principal carência do concelho?
R – É a falta de pessoas e o vazio de ideias governativas. A desertificação do território está instalada, a Mêda perdeu nestes últimos Censos 1.200 pessoas e o que se verifica é que os políticos da atual coligação nada fizeram para inverter a situação, criando ou dando condições para que as pessoas se fixassem, em particular os mais jovens.
P – E o seu principal projeto?
R – O meu projeto fundamental é trabalhar para inverter a situação. Como? Requalificação e expansão da zona industrial, incentivo à criação de empresas, designadamente agroalimentares, também através do aproveitamento dos produtos endógenos, criação de “incubadora de empresas”, apoio aos jovens empreendedores e ações de descriminação positiva como a redução de IMI. Estas mediadas, entre outras, do nosso programa eleitoral serão o veículo essencial para fixar população e para garantir a dinâmica da economia local que possibilitará a permanência de serviços essenciais para o concelho.
Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:
1º César Figueiredo
2º Aurélio Saldanha
3ª Maria Costa
4º Carlos Montês
5ª Cláudia Almeida
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Manuel André (CDU)
P – Como avalia a gestão da atual maioria?
R – É globalmente negativa. A privatização das Termas de Longroiva, a falência da Adega Cooperativa da Mêda, a degradação da Cooperativa de Olivicultores do Poço do Canto, o encerramento do Centro de Saúde durante o período noturno, o fecho do Tribunal (revertido pelo atual governo apoiado pelo PCP e PEV, integrantes da CDU), são exemplos eloquentes das políticas nefastas que têm sido implementadas pelos sucessivos governos, principalmente o anterior do PSD-CDS, e sucessivos executivos camarários do PS, PSD e CDS. Não é pois de admirar que a desertificação deste território continue e se tenha acentuado.
P – Qual é, neste momento, a principal carência do concelho?
R – A Mêda carece de uma visão estratégica que, aproveitando os produtos e capacidades endógenas, unifique e mobilize as vontades de todos através de uma gestão municipal, atenta e de proximidade, que funcione em estreita articulação com as instituições, empresas, cooperativas e demais organizações e associações locais para reabilitar o tecido económico do concelho, em particular da agricultura familiar e tradicional. É preciso também fomentar a criação de emprego e a fixação de pessoas, sobretudo dos mais jovens.
P – E o seu principal projeto?
R – É melhorar as condições de vida da população que aqui vive, inverter o ciclo da desertificação e construir um futuro sustentável para o concelho. A nossa prioridade são as crianças e os jovens e, por isso, a nossa aposta na educação, cultura e desporto. Defender e melhorar os serviços públicos, designadamente ao nível da saúde, da educação, da justiça, da segurança ou da cultura e desporto; defender e melhorar o transporte público para que seja cumprido o direito das populações à mobilidade e acesso aos serviços públicos; defender o património histórico e ambiental.
Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:
1º Manuel André
2º Joaquim Rebelo
3ª Maria Teresa Frade
4º Carlos Pedro
5º Alberto Perdigão
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NR: Os candidatos ausentes deste trabalho não responderam em tempo útil às questões colocados por O INTERIOR.