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Figueira de Castelo Rodrigo

O que querem os candidatos no seu concelho

Carlos Condesso (PSD)

P – Como avalia a gestão da atual maioria?

R – Tem sido uma gestão que se tornou um pesadelo para os figueirenses, com efeitos nefastos para a economia e para a própria autoestima coletiva do concelho. Infelizmente, Figueira de Castelo Rodrigo é o segundo concelho do distrito com a maior taxa de desemprego, tendo as exportações caído em 80 por cento e o comércio local fechou portas na quase totalidade. O atual executivo começou, desde o início do mandato, com medidas erradas. Desde logo não internalizou os funcionários da empresa municipal, o que levou a 34 despedimentos. Mais tarde foram feitos contratos de avença a pessoas, de fora do concelho, para garantir as mesmas funções que até então eram acauteladas por esses funcionários. A nuvem de promessas tem-se vindo a revelar uma ‘mão cheia de nada’ e o eleitoralismo, o populismo e as promessas de emprego na Câmara a tudo e a todos são uma falta de respeito para com os figueirenses.

P – Qual é, neste momento, a principal carência do concelho?

R – O emprego! Claro que alicerçado numa estratégia coerente, eficiente e sustentável. Sem ela não há atracão de investimento nem fixação de pessoas. A gestão ruinosa deste executivo fez com que o desemprego aumentasse 18,5 por cento de janeiro 2016 a fevereiro de 2017 quando diminuiu a nível nacional.

P – E o seu principal projeto?

R – Passa pela atração de investimento privado; pela canalização de fundos comunitários para o desenvolvimento de projetos; por medidas de combate ao desemprego e à fixação dos jovens; pela melhoria das condições de vida e de bem-estar dos figueirenses, bem como pela revitalização e promoção da imagem do concelho. A agricultura e o turismo são outras duas áreas prioritárias.

Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:

1º Carlos Condesso

2º Alfeu Nascimento

3º Pedro Almeida

4ª Edite Rodrigues

5º Carlos Coelho

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Delfina Bazareu (CDU)

P – Como avalia a gestão da atual maioria?

R – A gestão da atual maioria podia ter feito mais e melhor em vários aspetos, sem dúvida esqueceu de informar e esclarecer os munícipes da enorme questão que é Retortillo (Salamanca), das consequências atrozes para todos desta exploração de urânio a céu aberto que se situa a simplesmente 30 quilómetros deste município.

P – Qual é, neste momento, a principal carência do concelho?

R – Esta região necessita de melhorar a mobilidade e acessibilidade de tudo e de todos, trata-se de uma região do interior que está a perder a população. Precisamos de ser capazes de criar condições para apoiar a pequena agricultura, incentivar a instalação de empresas e atividades económicas ligadas aos recursos específicos do concelho. Assim seremos capazes de fixar os nossos jovens à sua terra.

P – E o seu principal projeto?

R – O nosso projeto autárquico é distinto de todas as outras forças políticas, marcamos a diferença pelo trabalho, pela honestidade e pela competência. Defendemos o poder local, a sua autonomia. Somos pela defesa dos serviços públicos, do acesso à educação, à saúde, à cultura, à proteção social, à habitação e à mobilidade. Somos sem dúvida pela melhoria do ambiente e salvaguarda do património natural, pela proximidade dos munícipes ao poder local, entre tantos outros aspetos.

Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:

1º Delfina Bazareu

2º Aurélio Bolota

3º António Osório

4º Felizarda Zorrinho

5º Amadeu Vinhas

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Fernando Rua (CDS)

P – Como avalia a gestão da atual maioria?

R – A Câmara está, há décadas, a ser administrada cada oito anos, alternadamente, por PSD e PS. Nos últimos quatro anos o concelho perdeu 391 eleitores. Se continuarmos a perder gente com este ritmo, no fim de dez mandatos ficaremos sem eleitores, sem gente, com as aldeias transformadas em quintas e a sede do concelho reduzida a uma freguesia. Resulta daqui que as políticas municipais não são suficientes para evitar a desertificação do conselho.

P – Qual é, neste momento, a principal carência do concelho?

R – A principal carência é ser um município sem economia, isto significa que não cria emprego e consequentemente rendimento para distribuir pelas pessoas, e sem rendimento as famílias não podem viver e fixar -se

P – E o seu principal projeto?

R – É tentar cumprir o nosso programa e estar atentos aos fundos comunitários de tal modo que se consiga injetar dinheiro na economia e este dinheiro a circular crie emprego e as pessoas se fixem.

Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:

1º Fernando Rua

2ª Carlota Raio

3º Paulo Lopes

4ª Patrícia Rodrigues

5º João Reis

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Paulo Langrouva (PS)

P – Qual é a marca deste mandato?

R – Este mandato teve como bandeira o “Cuidar das Pessoas” e foi o que fizemos com o Seguro de Saúde Municipal – Figueira Saudável e o projeto “Estou no Radar”. Foram iniciativas que garantiram saúde gratuita a todos os figueirenses, qualidade de vida e bem-estar. Apostámos na inovação e diferenciação de projetos, caso da Plataforma de Ciência Aberta em Barca de Alva, com o qual queremos contribuir para o turismo científico.

P – E o seu principal projeto se for reeleito?

R – O turismo é uma pedra basilar de desenvolvimento do concelho e temos em curso várias obras para a criação de uma rede turística inter freguesias e inter concelhias, como a requalificação da antiga estação de Barca de Alva através da cooperação com a empresa “Douro Azul”, o Centro de Interpretação da Batalha da Salgadela e a requalificação da Torre de Almofala, que é monumento nacional, aproveitando também a existência do projeto da Faia Brava, a primeira reserva privada do país. Devemos ainda aproveitar o facto da icónica Castelo Rodrigo ser a única aldeia do distrito da Guarda com o galardão das “7 Maravilhas de Portugal” na categoria de Aldeia Autêntica, o que originará maior fluxo turístico para o nosso território.

P – Como vai resolver a principal carência do concelho?

R – O despovoamento é um problema transversal a todo o território e constitui certamente uma das principais preocupações do novo mandato. Temos uma estratégia definida para tentar inverter este ciclo, através de políticas de apoio à fixação de jovens e implementação de uma política focada nas empresas e de atração empresarial com a aplicação de uma estratégia de “fiscalidade zero” e “taxas mínimas” para os residentes e empresas aqui sediadas. A aposta na saúde gratuita vai continuar.

Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:

1º Paulo Langrouva

2º Henrique Silva

3º Nelson Bolota

4ª Telma Mano

5ºJoão Quadrado

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NR: Os candidatos ausentes deste trabalho não responderam em tempo útil às questões colocados por O INTERIOR.

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