P – Acha que é desta que vai ter uma maioria clara para governar?
R – Os covilhanenses são sábios e saberão reconhecer o trabalho desenvolvido nos últimos quatro anos, bem como a nossa visão para uma Covilhã com mais e melhor futuro. Os dois principais objetivos neste primeiro mandato foram amplamente alcançados: equilibrámos financeiramente a Câmara e lançámos as bases para grandes projetos, que transitarão para o segundo mandato, para os quais temos 12 milhões de euros contratualizados de fundos comunitários. Temos um projeto assente num Plano Estratégico sustentável e sustentado para melhorar a qualidade de vida dos nossos concidadãos que não pode parar. Estou convicto que, por tudo isto, o PS será merecedor de uma vitória expressiva no dia 1 de outubro, o que nos permitirá governar com mais estabilidade.
P – Caso isso não aconteça, está disponível para entregar pelouros a Carlos Pinto ou Adolfo mesquita Nunes?
R – Sou uma pessoa de diálogo, de concórdia e consenso, que sempre optou por construir pontes ao invés de muros. No caso do candidato do movimento “De Novo Covilhã”, o próprio já veio dizer que se candidata exclusivamente a presidente da Câmara e que não assumirá o cargo de vereador, pelo que a questão não se coloca. Quanto a Adolfo Mesquita Nunes, existirá total disponibilidade nesse sentido caso queira assumir a vereação.
P – Se for reeleito, o que fará de diferente?
R – Saneadas as contas da Câmara, fruto de uma gestão rigorosa e criteriosa que permitiu inverter a situação difícil deixada pelos anteriores executivos e amortizar o passivo em 40 milhões de euros (até ao início de 2017), há agora condições económico-financeiras para fazer diferente, fazer mais e melhor. Com este novo fôlego que proporcionará mais capacidade de investimento ao próximo executivo, os importantes projetos previstos e os 12 milhões de euros em fundos comunitários já contratualizados, será possível levar a Covilhã ao patamar de excelência que eu sempre idealizei e que a Covilhã merece.
P – Qual é o seu principal projeto?
R – São as pessoas e a sua qualidade de vida. Temos vários projetos de extrema importância para a Covilhã, que foram pensados estrategicamente e estão, por isso, intimamente relacionados. Todos somados resumem-se, em verdade, num só: construir uma Covilhã mais dinâmica e atrativa para as pessoas, para as famílias e para as empresas, com mais qualidade de vida e mais emprego, onde cada um possa realizar as suas aspirações pessoais e profissionais. Trabalhei e trabalharei sempre para as pessoas e com as pessoas.
P – Qual é neste momento a dívida do município?
R – Há quatro anos tinha uma dívida colossal de 142 milhões de euros e um endividamento de 297 por cento, graças à gestão ruinosa e irresponsável do passado. A autarquia estava à beira da rutura total, quase nas mãos do Fundo de Apoio Municipal, a “troika” dos municípios. No corrente mês de setembro, o passivo é de 97 milhões. Isto significa que, até agora, amortizámos já 45 milhões de euros. No próximo mandato daremos continuidade a esta gestão rigorosa e responsável, mas as contas já não estarão, como até aqui, no topo das nossas prioridades.