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Contra a abstenção

Bilhete Postal

O que pode retirar às mesas de voto os cidadãos? A negligência que existe no não querer saber. A preguiça de não apetecer sair de casa. A desilusão referente à política. A indolência do “que se lixe”. O rancor a alguns candidatos. A vaidade do “são todos uma porcaria”. Na realidade, nos lugares em que os partidos e os cidadãos se organizaram para construir alternativa não há nenhuma razão para ficar em casa.

Pessoas que deixaram o seu conforto para propor ideias, construir projetos, obrigam ao imperativo moral de os apoiar ou recusar pelos partidos políticos. Temos vários quadrantes possíveis, vários candidatos representando uma multiplicidade cultural e até de modo de estar. Não votar nestas autárquicas é uma malevolência sobretudo para os próprios que se entregam nas mãos de qualquer um. A dúvida obriga a experimentar, a permitir que algo de novo aconteça. A coragem, a perseverança, a dignidade dos que se colocam disponíveis deve impedir a apatia, a indiferença, o egoísmo dos que não participam. Saber o caminho obriga a escolher os protagonistas. Na Guarda há listas de cidadãos que, cansados dos partidos, se colocam ao dispor dos guardenses. Na Guarda há partidos que se reinventaram para surgir da cinza. Não ir às mesas é uma incoerência dos que falam muito, dos que transportam rancor a rodos. Quem não se posicionou ou se organizou para a disputa deve agora escolher, deve a 1 de outubro deixar expressa a sua opinião. Em boa coerência tem, além da alternativa de projetos, as soluções da indecisão branca e da raiva nula. O que não falta é lugar ao voto de todos. Eu gostava que a Guarda tivesse perto de 95% de participação nas próximas autárquicas.

Por: Diogo Cabrita

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