P – A Volta a Portugal está quase a começar quais são os objetivos para a edição deste ano?
R – Posso dizer que tenho vários objetivos. Contudo, dependem do decorrer da corrida. Esta época preparei-me sempre tendo a Volta como foco maior, de modo a chegar à corrida e poder estar entre os melhores. Tenho como maior objetivo ajudar o líder da minha equipa a alcançar um resultado no pódio, contudo, se houver oportunidade irei lutar também pela minha classificação individual, ou quem sabe por uma vitória numa etapa.
P – Este ano há novamente a chegada de uma etapa à Guarda, conta dar nas vistas esse dia? Tem alguma estratégia?
R – Só o facto da chegada ser na Guarda, e sendo eu da casa, isso, só por si, já dá nas vistas. No entanto, uma vez que se trata da penúltima etapa, não se pode dizer que haja uma estratégia definida pois estaremos perto do final da Volta. Claro que uma vitória rodeada de amigos e família tem sempre outro sabor, mas tudo depende também dos dias anteriores.
P – O ano passado ficou em 34ª e a sua função era trabalhar para o líder, este ano, tem mais liberdade para mostrar as suas capacidades?
R – Sim, apesar de ter de trabalhar para o meu líder, irei ter uma liberdade diferente dos outros anos, uma vez que também cresci como ciclista e que a equipa tem mais confiança em mim e nas minhas capacidades.
P – Que balanço faz da época atual?
R – Está a ser uma época muito positiva, pois consegui alcançar a minha primeira vitória enquanto profissional. Foi no Grande Prémio de Mortágua, no final de abril.
P – Como consegue conciliar a vida profissional com o ciclismo?
R – Com alguma dificuldade. É preciso gerir muito bem o meu tempo, o que nem sempre é fácil. Este ano acabei por dedicar mais horas ao ciclismo e à recuperação do que à minha profissão de fisioterapeuta.
P – Quais as principais dificuldade que sente na sua preparação?
R – A maior dificuldade é mesmo conciliar o ciclismo com a fisioterapia. Também o facto de viver na Guarda, numa zona onde muitas vezes não tenho companhia para treinar, também se torna uma desvantagem, pois acaba por ser desmotivador.
P – Aos 26 anos qual é a sua ambição?
R – A minha maior ambição é, sem dúvida, poder subir na carreira de ciclista para um dia correr uma das grandes Voltas.
Perfil:
Ciclista da RP Boavista
Profissão: ciclista e fisioterapeuta
Idade: 26 anos
Naturalidade: Guarda
Livro Preferido: “A vida de Lance Armstrong”
Filme preferido: “Avatar”
Hobbies: Ouvir música e estar com os amigos e a namorada.