Ao início da tarde de terça-feira estavam ativos no distrito da Guarda dois incêndios florestais, um em Vila Nova de Foz Côa, na localidade de Murça, a lavrar desde as 18h48 de domingo e outro no Rochoso (Guarda), cujo alerta foi dado à 13h15 de segunda-feira.
Embora tenham sido registadas melhorias durante a noite de segunda-feira, às 14 horas de terça-feira, a combater as chamas do Inocêncio que deflagrou no Rochoso estavam 392 operacionais, 126 meios aéreos e quatro terrestres. Às 12h15 do mesmo dia havia duas frentes ativas, e fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) adiantava à agência Lusa que os trabalhos de combate estavam «a decorrer favoravelmente». Ainda durante a manhã, chegou a estar cortada a circulação ferroviária na Linha da Beira Alta, entre a Guarda e Vilar Formoso, indicou.
O incêndio que começou no concelho da Guarda alastrou rapidamente aos concelhos vizinhos de Almeida, Pinhel e Sabugal, tendo chegado a ameaçar quatro aldeias Freixo, Parada, Cabreira e Amoreira (Almeida), ao final do dia de segunda-feira. Embora nenhuma habitação tivesse sido atingida pelas chamas, na Cabreira as instalações da ASTA Associação Sócio-Terapêutica de Almeida foram evacuadas por precaução devido à proximidade do fogo. Segundo António Baptista Ribeiro, Presidente da Câmara de Almeida, 13 utentes, com deficiência mental, e seis funcionários foram transportados para a Casa da Juventude de Almeida, onde passaram a noite. No Sabugal, ardeu parcialmente um veículo dos bombeiros locais e um bombeiro voluntário sofreu ferimentos ligeiros, tendo tido alta após receber assistência hospitalar.
Ainda em Parada (Almeida), um popular sofreu ferimentos ligeiros quando foi atingido pelas chamas. A evolução das chamas obrigou também ao corte da circulação na A25 (Aveiro-Vilar Formoso) entre os nós de Pínzio (Pinhel) e do Alto de Leomil (Almeida). A autoestrada foi cortada pelas 19h53 de segunda-feira e impediu os veículos de entrarem na A25 e na Estada Nacional (EN) 16, que fazem a ligação entre Vilar Formoso e a Guarda, logo na fronteira de Vilar Formoso.
Às 14 horas de terça-feira, em Vila Nova de Foz Côa, combatiam as chamas 40 operacionais, 10 meios aéreos e três terrestres.