Os cadernos eleitorais para as autárquicas de 1 de outubro estão fechados e os dados não são nada animadores. A região tem menos 1.858 eleitores que em dezembro de 2016, estando inscritos e em condições de votar nas próximas eleições 239.199 pessoas (ver quadro).
Segundo o diploma publicado segunda-feira em “Diário da República”, os últimos números da base central do recenseamento eleitoral revelam que no distrito da Guarda estão inscritos 158.844 cidadãos nacionais, dos quais 98 são cidadãos da União Europeia, não nacionais, e 25 cidadãos Estrangeiros Residentes em Portugal. São menos 1.260 que no final do ano passado. Já nos três municípios da Cova da Beira há 80.355 eleitores recenseados, menos 598 cidadãos em condições de votar nas autárquicas comparativamente aos dados anteriores. O número de recenseados continua a decrescer e, neste período, a maior queda verifica-se na Covilhã, que perdeu 407 eleitores. Segue-se a Guarda (-196). Contudo, comparando com as autárquicas anteriores, esta é a primeira vez que se verifica uma descida dos cidadãos recenseados no concelho. Em 2001 havia 36.598 eleitores, em 2005 eram 37.122 e em 2009 chegou-se quase aos 40 mil (39.945). Quatro anos depois, o número subiu ligeiramente para 39.965 e em 2017 caiu para 38.899 eleitores. Ou seja, após doze anos de subidas, verifica-se agora uma diminuição, a primeira desde 2001, que é significativa: menos 2,7 por cento.
Nos demais concelhos a tendência é a mesma, sobressaindo a reduções verificadas no Fundão (menos 178) entre dezembro de 2016 e julho deste ano, de Seia (-164), de Gouveia (-153), do Sabugal (-128) e de Trancoso (-125). As quedas foram menos acentuadas em Belmonte (-13), Manteigas (-21) e em Fornos e Mêda, onde se registam menos 39 cidadãos recenseados. Na prática, os municípios mais afetados por estas alterações vão ser Pinhel e Trancoso, cujos executivos autárquicos perdem um vereador por força destas diminuições. De acordo com a legislação em vigor, os munícipes destes dois concelhos só vão poder eleger quatro vereadores (mais o presidente) a 1 de outubro – até agora os respetivos executivo tinham sete elementos porque tinham até agora mais de 10 mil e até 50 mil eleitores. Por cá predominam as edilidades com cinco eleitos (presidente e quatro vereadores), resultantes da existência de 10 mil ou menos eleitores recenseados. As exceções são os municípios da Covilhã, Fundão, Gouveia, Guarda, Sabugal e Seia, que continuam a eleger sete elementos para o executivo (presidente mais seis vereadores).
Luis Martins
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