O primeiro-ministro António Costa lançou anteontem – após o fecho desta edição – a primeira pedra do quartel/ sede dos bombeiros de Famalicão da Serra (Guarda).
A presença do chefe do Executivo tem um significado simbólico muito forte, já que António Costa era ministro da Administração Interna quando um incêndio na serra sobranceira à aldeia ceifou a vida a um voluntário da corporação local, o jovem Sérgio Rocha, e a cinco sapadores chilenos. A empreitada foi consignada à empresa Biosfera no passado dia 1 de fevereiro e consiste na construção de um edifício de raiz, num investimento de cerca de 775 mil euros. A obra vai ser comparticipada por fundos comunitários, tendo a candidatura sido aprovada pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR). Este apoio garante 85 por cento do valor global da obra e os restantes 15 por cento da componente nacional serão suportados pela Câmara da Guarda em 85 por cento. «Os outros 15 por cento, que equivalem a cerca de 14 mil euros, serão assegurados pela corporação, que terá ainda de pagar o equipamento do edifício, orçado em cerca de 25 mil euros», afirmou na altura António Fontes, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Famalicão.
Desde fevereiro que está a decorrer uma campanha de angariação de fundos. Os interessados podem contribuir com donativos através do IBAN PT50 0045 4041 4028 0235 9036 2. O quartel vai ocupar 1.700 metros quadrados num terreno adquirido para o efeito. Atualmente, a corporação ocupa a garagem da Casa Paroquial, onde não tem condições de trabalho nem de operacionalidade. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Famalicão da Serra foi criada a 3 de julho de 2007, sucedendo à Secção Destacada dos Bombeiros Voluntários de Gonçalo, que também ocupava as atuais instalações. O projeto tinha sido candidatado a apoios comunitários há quatro anos, mas a candidatura não foi aceite.