O PS já tem candidato na Guarda. Trata-se de Eduardo Brito, antigo autarca de Seia e presidente da comissão política distrital dos socialistas. O nome do histórico militante e dirigente foi aprovado «por unanimidade e aclamação» pela concelhia guardense na passada quinta-feira.
Chega assim ao fim uma novela, de avanços e recuos, que desgastou ainda mais a imagem do PS na Guarda. Sem militantes ou dirigentes disponíveis para concorrer contra Álvaro Amaro, os socialistas andaram nas bocas do mundo pela demora em encontrar um candidato que, ironia do destino, vem também ele de fora do concelho – há quatro anos, um dos principais argumentos dos socialistas era que Álvaro Amaro não era da Guarda. Mas o passado já la vai: «Eduardo Brito é a pessoa que corporiza a melhor solução para ser uma alternativa àquilo que existe neste momento na Câmara e para ser uma candidatura vencedora», disse João Pedro Borges aos jornalistas no final da reunião da comissão política da secção. O dirigente acrescentou que esta não foi a derradeira porta onde foi bater e garantiu que o candidato terá liberdade total para formar as suas listas. Já Eduardo Brito apresentará a sua candidatura quando achar oportuno e o objetivo é ganhar uma autarquia perdida em 2013 para Álvaro Amaro e para o PSD.
Carreira sem condições «profissionais e pessoais» para avançar
Joaquim Carreira afirma que a sua eventual candidatura à Câmara da Guarda foi «mera especulação».
Tal como prometido, o atual vereador socialista na autarquia explicou numa conferência de imprensa realizada na segunda-feira o que se passou nas últimas semanas e sublinhou que «nunca» se disponibilizou para ser candidato porque não reunia «as condições pessoais e profissionais» para se dedicar à atividade política a tempo inteiro. «Fui o mais fiel e sincero com o partido», disse Joaquim Carreira, acrescentando que a concelhia local lhe manifestou em tempos «simpatia para ser eventualmente candidato na Guarda». No entanto, o arquiteto, que concorreu em segundo lugar na lista de José Igreja em 2013, ponderou e, após verificar «as exigências da política a tempo inteiro», verificou que não tinha condições para ser candidato.
«Não é fácil largar a minha profissão e a minha empresa para me dedicar exclusivamente à política», justificou. Joaquim Carreira revelou ainda que não está disponível para integrar a lista de Eduardo Brito, mas quer ajudar e que vai andar por aí, continue ou não como vereador. «Eduardo Brito será, sem reservas, o meu candidato. E será com ele – e com as estruturas do PS – que decidirei manter o meu atual mandato de vereador até ao fim, ou, se tal for o entendimento, afastar-me em nome dos superiores interesses do partido», acrescentou o arquiteto.
Luis Martins
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