Contudo, para além do que se poderia dizer sobre a mais-valia do Politécnico para a cidade e região (do seu impacto económico, social, cultural e científico), gostaríamos de anotar, nestas breves e despretensiosas palavras, o papel desempenhado pelos seus alunos na divulgação da Guarda (global e territorialmente entendida).
Desde o início, têm chegado aqui jovens das mais diversificadas proveniências geográficas, os quais cimentaram relações afetivas com a instituição e outrossim com a mais alta cidade de Portugal, para muitos desconhecida até à sua entrada num novo ciclo formativo.
Concluídos os cursos, os estudantes do Politécnico levam para a vida “segredos desta cidade”, como sugestiva e emocionalmente se canta numa conhecida balada de despedida; levam na memória a Guarda do ensino, do saber, da hospitalidade, da história, das tradições, da amizade, do convívio, da juventude e da alegria, afirmam-se como embaixadores desta terra no país e no mundo.
Por outro lado, nos últimos anos, o reforço na estratégia de internacionalização do Politécnico da Guarda tem trazido a esta cidade um crescente número de alunos europeus e de países africanos de língua oficial portuguesa, acentuando o panorama de multiculturalidade; este é particularmente evidenciado pelos testemunhos de alunos brasileiros, outro grupo significativo na área dos estudantes internacionais.
Aqui encontram, no contexto académico, a possibilidade de convívio com colegas de diferentes línguas e culturas, assinalando e reconhecendo a Guarda como marco perene no seu processo formativo; evidenciando o que a cidade tem de diferente e de bom…
Registar as suas apreciações é perceber melhor o significado desta presença e da aprendizagem na cidade portuguesa que escolheram para dar sequência aos seus estudos (mercê dos contactos, acordos ou protocolos existentes) e onde protagonizam experiências inesquecíveis, que reportam e promovem aquando do seu regresso às suas terras de origem…suscitando o interesse de familiares, amigos e colegas.
Estas ligações podem ser também equacionadas ao nível dos contactos perspetivados, para o futuro, com os países africanos de língua oficial portuguesa, na medida em que muitos desses estudantes – a estudarem no Politécnico da Guarda – vão ser quadros técnicos da administração ou dinamizadores do tecido económico e empresarial das suas regiões.
Acarinhar e apoiar este multifacetado universo estudantil que, ano após ano, renova e anima a cidade é contribuir para a afirmação da marca da Guarda dentro e fora de fronteiras; apoio que deixa lançadas pontes para o futuro e laços afetivos que devem ser valorizados.
Por: Hélder Sequeira