Depois da edição de estreia ter suscitado o interesse de 14 equipas, o II Concurso Robô Bombeiro, promovido pelo Instituto Politécnico da Guarda no sábado no pavilhão municipal de S. Miguel, vai contar com a presença de 21 concorrentes. Este aumento gradual do número de participantes é acolhido com entusiasmo por parte da organização, que espera que o evento se torne no futuro uma «referência a nível nacional», tendo em conta que se trata de uma «realização inédita» no país.
Até porque, a robótica é uma «actividade cada vez em maior expansão», assegura a docente Natália Gomes, elemento da organização. Em relação à edição transacta, uma das principais novidades é a existência de dois labirintos, exactamente iguais, enquanto que na primeira só houve um. Desta forma, um será utilizado pelas Escolas Secundárias e Profissionais, com oito equipas inscritas, enquanto o outro fica reservado para as instituições de ensino superior, com 13 formações participantes. A opção fica a dever-se a uma «questão de eficiência no percurso», ao mesmo tempo que torna o concurso «mais atractivo e rápido», uma vez que em 2003 os participantes ficaram muito tempo sem poder competir. De resto, o grande objectivo continua a ser que os pequenos robôs móveis e autónomos consigam encontrar e apagar um incêndio, simulado por uma vela num modelo de uma casa formado por corredores e quartos, no mais curto espaço de tempo possível. O concurso é organizado pelo Departamento de Informática da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do IPG e pretende promover a robótica, assim como proporcionar um evento extracurricular interessante e divertido, onde os alunos possam aplicar os conhecimentos multidisciplinares adquiridos.
Entre os 21 participantes, encontram-se as equipas da Escola Profissional de Trancoso, Colégio Internato dos Carvalhos, Escola Secundária Infante D. Henrique (ambas do Porto), IPG, Instituto Superior de Engenharia do Porto, entre muitas participações a nível individual. No ano passado, entre as nove equipas que concorreram efectivamente, já que alguns problemas técnicos impediram a participação das outras seis, o grande vencedor foi o “Extintor Implacável”, protótipo de dois alunos de Engenharia Informática do IPG, que vai voltar a competir, enquanto que na classe de Escolas Secundárias e Profissionais venceu a equipa vinda do Colégio Internato dos Carvalhos, que este ano participa com três equipas. Os robôs surgem equipados com um sistema de três sensores, um de luz, outro de calor e um último de infravermelhos para detectar as paredes. Entre os participantes na edição anterior, cujos protótipos apresentaram as mais variadas formas, a escolha mais universal foi a opção pelo sistema de extinção, em que a grande maioria optou pela colocação de uma simples ventoinha.
Ricardo Cordeiro
