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Autárquicas, tudo depende de…

Crónica Política

As próximas eleições autárquicas deverão decorrer entre 29 de setembro e 13 de outubro de 2017. Embora ainda nos encontremos a largos meses de distância desse ato eleitoral, as estratégias políticas já estão no terreno.

O atual executivo de Álvaro Amaro tem insistentemente utilizado a melhor estratégia política, a da distração. É a estratégia do desviar da atenção do público, dos problemas importantes da Guarda, mediante as contínuas distrações e informações insignificantes. A estratégia da distração através da festa, do faz de conta que está a acontecer. Tudo se resume a um balão cheio que se esvazia no silêncio ditador enquanto nova festa se prepara e novo balão se enche. Assim estamos, distraídos!

Que cenários se podem avizinhar? Bem está tudo dependente de…

SE Álvaro Amaro é ou não candidato a Coimbra ou se Álvaro Amaro se apresenta para um segundo mandato na Guarda. Os cenários dos SES não são novidade, pois já nas últimas eleições cenários de SES eram colocados nesta altura.

Assim, SE Álvaro Amaro concorrer a Coimbra abre-se a oportunidade para os “lobos” do PSD que não integraram a lista do anterior executivo e que andaram estes últimos anos com camisas novas e sorrisos amarelos a abanar a cabeça do sim, a cada festa ou evento, onde as fotografias comprovavam sempre quem foi, quem esteve ou não presente, tudo porque, a medo, sempre era melhor estar, engolir, do que fazer frente e dizer-se o que se pensava. Um faz de conta! Neste cenário alguns vão largar garras, defender ideias antigas e tentar construir equipa fora do atual executivo.

Nesta conjuntura há ainda espaço a outro cenário. Álvaro Amaro concorre a Coimbra mas exige deixar uma equipa do seu compadrio. Aqui, o cabeça de lista poderá ser um histórico do PSD, sendo certo que a figura feminina da lista será uma jurista, não havendo para tal, lugar a mais nenhum jurista na equipa…, isso é certo.

Como tudo depende se… No lado do PS, também os cenários poderão ser diferentes. Os socialistas pretendem reconquistar a Guarda. Assim, haverá um candidato com equipa forte para a conquista caso Álvaro Amaro concorra a Coimbra, uma espécie de contributo decisivo para curar cicatrizes e feridas do último processo autárquico.

Creio ainda que no cenário “Álvaro Amaro concorre a um segundo mandato na Guarda” há espaço à competição política não-partidária, a candidaturas independentes. Na verdade, as próximas eleições autárquicas de 2017 irão contar com cenários diferentes para os grupos de cidadãos que se pretendam apresentar como candidatos, em que as regras para concretizar candidaturas lideradas por grupos de cidadãos eleitores aproximar-se-ão das que estão estabelecidas para as candidaturas partidárias. A premissa do debate na Assembleia da República, do passado dia 21, foi tornar a lei eleitoral autárquica (LEA) mais acessível às candidaturas dos movimentos independentes. O desfecho da discussão não terminou e baixou à Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais para ser discutida na especialidade.

Não há dúvida que a escolha da pessoa certa para ser candidato é uma das decisões mais importantes e difíceis, pois a política e o espectro político são regidos pela lei da ação e da reação…

A Guarda ainda não sabe! Mas, a Guarda continua… A GUARDA QUER SABER

Por: Cláudia Teixeira

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