Arquivo

Quase um em cada cinco portugueses em risco de privação material em 2015

Um estudo do Eurostat divulgado esta segunda-feira revela que quase um em cada cinco portugueses estava, em 2015, em risco de privação material (19,5 por cento), sendo que o rendimento das famílias, incluindo prestações sociais aumentou 292 euros anuais, para os 8.435, desde 2008.

De acordo com dados do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE), a Roménia é o país onde maior número de pessoas estava, no ano passado, em risco de privação material (24,5 por cento, uma em cada quatro), seguindo-se a Letónia (22,5 por cento), a Lituânia (22,2 por cento), a Espanha (22,1 por cento), a Bulgária (22,1 por cento), a Estónia (21,6 por cento), a Grécia (21,4 por cento) e a Itália (19,9 por cento).

Portugal vinha a seguir (19,5 por cento) com o décimo pior registo entre os 28 Estados-membros, acima da média comunitária de 23,7 por cento. Segundo o Eurostat, 2,76 milhões de portugueses viviam em 2015 em risco de pobreza depois das prestações sociais, em severa privação material ou em agregados familiares com intensidade de trabalho muito baixa. Ainda assim, a percentagem referente ao ano passado é mais baixa do que os 27,5 por cento no ano anterior, recorda o “Jornal de Negócios”. Em Portugal, o risco de pobreza ou exclusão social afeta mais as mulheres (27,3 por cento) do que os homens (25,9 por cento); e as crianças e jovens até aos 18 anos (29,6 por cento) mais do que os maiores de 65 anos (21,7 por cento).

Abrange 60,5 por cento dos desempregados, mas também 14,8 por cento dos adultos portugueses que trabalham. Os agregados familiares com crianças estão mais expostos a este risco do que aqueles que apenas têm adultos: 27,1 por cento contra 26,1 por cento.

O gabinete de estatísticas da União Europeia compilou estes dados a propósito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que mostram que 119 milhões de cidadãos europeus ainda vivem em risco de pobreza ou de exclusão social. Em 2014 eram 122 milhões, correspondentes a 24,4% da população no Velho Continente.

Sobre o autor

Leave a Reply