A GNR continua esta quarta-feira as buscas em S. Pedro do Sul para encontrar o alegado homicida de Aguiar da Beira, tendo reforçado o dispositivo policial no terreno. O posto de comando foi entretanto alterado por «razões estratégicas», devido ao nevoeiro que se faz sentir no local, disse ao “Expresso” o major Pedro Gonçalves
«Esta operação para já vai manter-se até continuar a haver indícios de que o suspeito se mantém nesta área. É uma operação subordinada às informações que estamos a receber constantemente», afirmou o oficial do Comando Territorial da Guarda.
Num balanço da ação policial, o major disse que se encontram no terreno 200 agentes de várias valências da GNR (territorial, trânsito, investigação criminal, Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente e do Grupo de Intervenção de Operações Especiais. A Polícia Judiciária está também a colaborar na investigação.
«Trata-se de uma situação de elevada perigosidade. Os meios encontram-se neste momento a executar ações, algumas estáticas mas que consideramos fundamentais para controlar esta área», acrescentou. Depois de uma noite com condições climatéricas adversas, as operações deverão decorrer esta manhã com menos obstáculos.
Questionado sobre o tempo em que o suspeito se poderá manter no terreno, o major Pedro Gonçalves disse acreditar que poderá continuar em fuga alguns dias. «É uma pessoa que, além de conhecer bem o terreno, uma vez que ele é muito próximo daqui, tem familiares e tem residência em Arouca. É capaz de sobreviver durante alguns dias, uma vez que tem propriedades, tem pessoas que o poderão abrigar nesta área», explicou em conferência de imprensa esta manhã.
Na terça-feira foi montada uma operação de caça ao homem, depois de um militar e um civil terem sido baleados mortalmente e outro militar e uma mulher terem ficado gravemente feridos em Aguiar da Beira.