Os empresários portugueses sugerem o congelamento geral dos salários no sector privado, no próximo ano, com exceção das promoções à semelhança do que acontecerá no sector público.
O Fórum para a Competitividade, organismo que agrega várias estruturas empresariais, antecipa que o crescimento em 2016 ficará muito abaixo da meta do Governo atingindo, no máximo, 0,75 por cento.
Na nota de conjuntura, divulgada esta sexta-feira, considera-se ainda que o Governo é o principal responsável pela queda do investimento. A diminuição de 256 milhões de euros, no segundo trimestre, deve-se em grande parte (186 milhões de euros) à quebra do investimento público.
Os empresários criticam também a descida do IVA na restauração que resumem a «um erro», porque não levou a «qualquer diminuição de preços», o que «impedirá quer um aumento da quantidade procurada, quer um aumento do emprego no sector».
Além da análise muito pessimista da situação económica do país, o Fórum para a Competitividade teme que os próximos dois meses sejam politicamente muito difíceis «devido à dificuldade em aprovar medidas adicionais para 2016 e em negociar a proposta de orçamento para 2017».