O presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Seia, Pedro Sousa, considerou “negligente” a permissão de elementos desta Associação integrarem o DECIF 2016.
Através de comunicação escrita, a direção dos Bombeiros de Seia não autorizou expressamente que, pelo menos três elementos do corpo de bombeiros pudessem vir a desempenhar as funções de pessoal de apoio operador de telecomunicações em colaboração direta com a estrutura operacional da ANPC com vista a aplicar, a qualquer momento, o Sistema de Gestão de Operações (SGO), de acordo com as necessidades operacionais e/ou Comandante em Permanência às Operações (CPO), comando e controle em apoio direto à estrutura operacional de ANPC alegando «de acordo com as previsões da época que se avizinha todos os elementos serão poucos para a dura batalha a travar».
É importante que a Associação de Seia tenha os seus bombeiros disponíveis, prontos e aptos para intervirem na sua área de atuação, mas não pode ser levada a esta redutora visão a atividade operacional dos bombeiros.
Desde há longo tempo que a direção dos bombeiros de Seia, mesmo, como é o caso, de colaboração com a estrutura operacional da ANPC, vem assumindo a posição de contrariar tudo o que o comando operacional entende ser útil ou propõe por uma questionável atitude de limitação àquilo que cabe ao comando operacional e a uma desejável harmonia e operacionalização dos meios na luta contra os incêndios, seja essa luta travada na área operacional do corpo dos bombeiros, do município ou do distrito, como acontece.
Precisa-se serenidade, competência e não atitudes que mais parecem birras ou desafios. Parece que os responsáveis da Associação consideram relevante demonstrar a sua força e competência diretiva colocando reservas à colaboração e ao Dispositivo Nacional de Combate.
Será que desta forma se prestam serviços relevantes à comunidade?
Não serão razoáveis estas atitudes, podendo ser prejudiciais à organização e ao país? O presidente da direção poderá também esclarecer que as declarações necessárias para dar parecer à integração no DECIF assentam em modelo nacional e não é ajustado usar isso como manifestação pessoal de repúdio, sendo que a ética e a correção, nestas relações, que devem existir entre bombeiros, são valiosas e do superior interesse, pelo que devem ser aprimoradas e concertadas. Apostar no confronto não serve de nada nem a ninguém.
Virgílio Borges, carta recebida por email