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Manteigas é capital do ciclismo amador e do parapente

Município recebe milhares de praticantes para o Granfondo Serra da Estrela, no domingo, e o British Open, que decorre entre sábado e dia 16

Manteigas é, por estes dias, a capital do parapente e do ciclismo amador ao acolher o British Open e o Granfondo Serra da Estrela, respetivamente.

A primeira competição, organizada pelo Clube de Voo Livre Vertical com o apoio do município, começa no sábado e prolonga-se até dia 16 com a participação de 130 pilotos. Estarão presentes os melhores praticantes britânicos, nórdicos, suíços, franceses e portugueses que vão descolar do sítio da Azinha (Sameiro), sobre o vale do Zêzere, para as mangas competitivas diárias. Ainda no parapente, está a decorrer até final de outubro o Estrela XC Challenge, que é um desafio para que qualquer piloto da modalidade possa fazer grandes voos e bater recordes de distância. «Manteigas já acolheu um campeonato nórdico em 2011 e um britânico em 2013 porque as respetivas federações reconhecem as excelentes condições para a prática da modalidade desta região, que é um dos melhores sítios do mundo para o voo de alto nível», disse Vítor Baía na apresentação da competição na passada quinta-feira.

Em conferência de imprensa, o antigo selecionador nacional de parapente admitiu mesmo que a organização está preparada para uma prova de mais de 429 quilómetros, «o que significaria bater o recorde europeu da distância». Contudo, o grande impulsionador do parapente na região e dirigente do Clube de Voo Livre Vertical lamentou que, apesar de haver essas «condições naturais excecionais, continuam a faltar as condições logísticas, de acompanhamento dos estrangeiros que queiram vir voar regularmente em Manteigas ou Linhares da Beira, pelo que se está a desperdiçar uma oportunidade».

Já no domingo Manteigas recebe o Granfondo Serra da Estrela, uma prova de ciclismo reservada a amadores que vão poder experimentar as sensações e os desafios das etapas de alta montanha. O pelotão de 1.450 inscritos parte de Seia e tem pela frente duas contagens especiais de montanha e outra de primeira categoria antes de terminar na Torre. Os ciclistas poderão optar pela corrida de 131 quilómetros – com um desnível acumulado de 4.200 metros – e o Mediofondo de 77 quilómetros e um desnível acumulado de 2.800 metros. No final, os vencedores das etapas da Torre na Volta a Portugal vão enquadrar os participantes, sendo que Joaquim Gomes é o padrinho da prova. «São duas iniciativas para dar visibilidade a este território, que é muito mais que a neve», afirmou José Manuel Biscaia, presidente do município de Manteigas durante a conferência de imprensa, uma opinião partilhada pelo autarca de Seia Carlos Filipe Camelo. O Granfondo, que já vai na terceira edição, resulta de uma parceria entre a Ultra Spirit sports, a Entidade de Turismo do Centro de Portugal e os municípios de Manteigas e Seia.

British Open de parapente está de regresso ao vale do Zêzere com 130 pilotos

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