A Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) defende que a distribuição dos fundos comunitários contemple uma majoração para as empresas do interior para evitar que os apoios não fiquem maioritariamente no litoral.
Isto porque, de acordo com o seu presidente Paulo Fernandes, os primeiros indicadores conhecidos da distribuição na componente FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) apontam para que 75 por cento dos fundos tenham ficado no litoral, situação que considera «preocupante». O também presidente da Câmara do Fundão lembra que estando os fundos direcionados para o investimento privado e para a inovação, conhecimento e internacionalização, os chamados territórios de baixa densidade acabam prejudicados porque, tendo menor escala e massa crítica, o seu tecido empresarial também tem menos capacidade de concorrer aos fundos. «Já tivemos uma majoração de 10 por cento para a baixa densidade e até concursos para essa área, mas, tendo em conta o que está de cima da mesa, acho que tem isso não é suficiente, será preciso aumentar em 30 ou 40 por cento. Nalguns casos, chegar mesmo a financiamentos próximos dos 90 por cento para atrair empresas e investimento para o interior, através dos fundos comunitários», alega Paulo Fernandes. Esta posição da CIMBSE já foi apresentada à Unidade de Missão para o Interior.