Os municípios de Gouveia, Fornos de Algodres, Nelas e Mangualde criaram na semana passada a Rede de Territórios do Alto Mondego. O acordo foi assinado na “cidade-jardim”, promotor da iniciativa, e visa o desenvolvimento destes territórios com base em dinâmicas de criatividade, inovação, empreendedorismo e internacionalização focadas nos produtos endógenos.
Numa fase inicial, a Rede irá candidatar a fundos europeus um projeto de investimento estimado em 6,2 milhões euros. «A captação de financiamento público e privado, materializando investimentos produtivos, com efeito multiplicador na economia local, é o principal objetivo definido para a Rede Territorial do Alto Mondego», adianta a Câmara de Gouveia, em comunicado. Segundo o protocolo, cada município vai trabalhar uma fileira tradicional, sendo que Gouveia pretende desenvolver a área agropastoril e Fornos de Algodres a do azeite. Por sua vez, a autarquia de Mangualde potenciará ações na fruticultura e a de Nelas no setor do vinho. Este projeto intermunicipal vai ser apoiado pelos institutos politécnicos de Castelo Branco, Coimbra, Guarda e Viseu e pelas universidades da Beira Interior e de Trás-os-Montes e Alto Douro.
São ainda parceiros institucionais o IAPMEI, o AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, a Direção Regional de Cultura do Centro e a Entidade Regional de Turismo do Centro. Para Luís Tadeu, presidente da Câmara de Gouveia, o objetivo deste acordo é «o desenvolvimento do Alto Mondego enquanto território de inovação e empreendedorismo para revitalizar o tecido económico local». Já Manuel Fonseca, edil de Fornos de Algodres, sublinha que «as parcerias que promovam o reforço da coesão e aumentem a competitividade dos territórios são fundamentais» para os quatro parceiros.