Miguel Tiago, deputado do PCP na Assembleia da República, reuniu no passado dia 15, em Vila Nova de Foz Côa, com o Conselho de Administração da Fundação Côa Parque e com os trabalhadores.
Desses encontros resultou uma interpelação ao Ministério da Cultura para que dote a Côa Parque dos meios financeiros e humanos necessários à prossecução do seu trabalho, tendo em conta a importância do património arqueológico, cuja defesa e valorização está a seu cargo. «Há preocupações políticas, uma vez que o atual financiamento assegurado pela Direção-Geral do Património Cultural não é suficiente para o pagamento das responsabilidades salariais dos trabalhadores com vínculo à função pública. Além disso, o orçamento disponibilizado este ano é menor que o do ano anterior», alertam os deputados Miguel Tiago e Ana Mesquita. No requerimento, os parlamentares falam ainda num «conjunto de impedimentos administrativos resultantes da Lei-Quadro das Fundações que atrasam as transferências de alguns dos fundadores, por carecerem de visto, parecer ou autorização do Ministério das Finanças».
Em consequência, a falta de financiamento faz com que «haja dimensões do trabalho de preservação e valorização ameaçadas» e que a segurança dos núcleos visitáveis seja posta em causa, faltando ainda um plano especial de ordenamento para o Parque Arqueológico do Vale do Côa. Neste contexto, Miguel Tiago e Ana Mesquita dizem que é «urgente conhecer as medidas imediatas do Governo para o Parque Arqueológico do Côa», adiantando que vão «tentar a devolução do parque à administração central».