P- O que destaca na edição deste ano da Feira do Fumeiro, dos Sabores e do Artesanato do Nordeste da Beira?
R- É mais uma edição onde teremos o que de melhor se faz neste setor dos produtos agroalimentares com base nas tradições da nossa região. A Feira do Fumeiro decorre sempre no último fim-de-semana de fevereiro e primeiro de março com expositores de fumeiro, enchidos, azeite vinhos e de outros sabores, como doces regionais, queijos e algum artesanato. Tudo com o intuito de aproveitar as muitas pessoas que passam por Trancoso nos próximos fins-de-semana devido às amendoeiras em flor. Participam pequenos produtores artesanais e alguma indústria agroalimentar existente, numa aposta da AENEBEIRA e da Câmara de Trancoso que tem vindo a ser ganha pela sua representatividade, pela sua gente e pelos que nos visitam nesta altura do ano.
P- Quais são as novidades deste ano?
R- Haverá mais ou menos o mesmo número de expositores e além da feira propriamente dita, decorre uma exposição de porco bísaro, animação de música regional e de folclore. Nas traseiras do Pavilhão Multiusos teremos porcos bísaros, uma raça autóctone que está a ser introduzida em explorações agropecuárias da região, nomeadamente no concelho de Trancoso, numa medida que é importante nesta fileira. Haverá também um espaço de exposição com alguns animais e teremos muito provavelmente uma tenda com algumas tasquinhas. Simultaneamente com a feira realiza-se um colóquio, no sábado (15 horas), no auditório do Pavilhão Multiusos, sobre as perspetivas de apoio ao investimento na região relativamente ao quadro comunitário 2014-2020 e, num segundo momento, falaremos sobre suinicultura biológica com o testemunho de uma jovem empreendedora e empresária agrícola, que se radicou no concelho de Penedono e tem uma exploração de porco bísaro em modo biológico. No final haverá uma degustação de fumeiro produzido com carne de porco bísaro, oferecido pela Casa da Prisca. Nesta XIIIª Feira do Fumeiro decorre ainda o Festival Gastronómico nos restaurantes de Trancoso, que terão ementas da gastronomia regional, com destaque para os enchidos e o fumeiro.
P- Quantos expositores vão estar presentes?
R- Serão cerca de 95 expositores, dos quais cerca de 80 são do setor agroalimentar e os restantes de artesanato. É o número habitual que costumamos ter.
P- Quais são as expetativas?
R- Se o tempo estiver agradável, esperamos ter aqui cerca de 30 mil pessoas ao longo dos dois fins-de-semana. Não é um número descabido tendo em conta o que foram as últimas edições. O ano passado, no segundo domingo, chegámos a ter 40 autocarros estacionados ao final do dia, o que dá bem a dimensão do número de pessoas que nos visita por esta altura. É por isso que desde a quarta ou quinta edição que passámos a fazer coincidir a feira com a quinzena das amendoeiras em flor. Contamos com muita gente que não é da região e que vem até cá nesta altura.
P- Qual é o impacto do certame no concelho?
R- Tem impacto a nível económico no concelho e na região. Os expositores que aqui teremos não são apenas de Trancoso, embora seja uma parte significativa, contamos também com produtores desde o Douro até à Estrela. Seia, Lamego e Moncorvo são, digamos assim, as balizas deste certame.
P- Qual o investimento global da feira?
R- A feira tem um orçamento global, já com animação incluída, de cerca de 22 mil euros. No ano passado foram 24 mil euros.
P- Em relação à associação, há novidades?
R- Estamos empenhados na realização da Feira do Fumeiro em parceria com a Câmara de Trancoso. Iremos também empenhar-nos na realização da Feira de São Bartolomeu, novamente em parceria com a autarquia. Seguramente que haverá outras atividades de apoio aos negócios, aos associados, bem como na informação e divulgação dos incentivos, apoio à formação profissional e às pequenas e medias empresas da região.